Os números do setor de TV por assinatura continuam altos. Pelo visto, a tal “nova classe média”, que estaria impulsionando o consumo, não acaba mais… Os dados divulgados pela Anatel na semana passada revelam que somente no mês de outubro mais de 300 mil famílias adquiriram pacotes, elevando o total de assinantes para 15,7 milhões. Se o ritmo se mantiver em novembro e dezembro, o que é bem provável, terminaremos o ano com algo em torno de 16,5 milhões de residências atendidas, ou 30% sobre 2011.

A maior parte desse contingente busca uma operadora de TV via satélite (DTH). Foram 256 mil em outubro, contra apenas 51 mil que optaram pela TV a cabo. Na comparação com outubro de 2011, o segmento DTH ganhou mais de 3 milhões de novos assinantes. Embora as taxas de crescimento mais altas nesse período estejam em Tocantins (64,94%) e Mato Grosso (61,72%), é na região Sudeste que está a chave do sucesso. Somados, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais agregaram um total de 2 milhões de novos usuários de TV paga. Conclui-se que não é o pessoal do “interiorzão” que está puxando o satélite; pequenas e médias cidades paulistas, mineiras e cariocas devem estar por trás desse fenômeno que chama a atenção de especialistas do mundo inteiro (as operadoras não abrem esses números).

Os dados completos estão no portal da Anatel. Mas quem quiser entender o que acontece deve consultar o site da Teleco, principal consultoria do país na área de telecom. A equipe coordenada por Eduardo Tude, expert no assunto, não apenas reproduz as estatísticas; analisa e contextualiza, inclusive com referências internacionais. Fornece também dados comparativos sobre cada operadora, que podem ser úteis para quem quer saber mais sobre a empresa que lhe presta serviços de TV por assinatura. Vale a pena consultar.

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