Basta dar um Google: todo mundo tem alguma opinião sobre as redes sociais e os benefícios (ou malefícios) que estão causando aos indefesos cidadãos. Com mais de 1 bilhão de pessoas cadastradas só no Facebook (o número é a própria empresa), não surpreende que o tema vire assunto quase tão comum quanto futebol. A maioria das opiniões se divide entre o catastrófico (“não quero virar escravo do Facebook”) e o redundante (“não há como escapar”). Já existem até cursos de nível superior (!!!) que se propõem a ensinar a dominar esse mundo virtual; sem falar da enxurrada de livros escritos a respeito.

Até por dever da profissão, procuro me informar ao máximo sobre as novas mídias. E chego à conclusão de que ninguém (vá lá, com raríssimas exceções) sabe o que está falando, ou escrevendo. Nessa terra de ninguém, o que mais se vê é chute… e, em alguns casos, há até quem esteja ganhando dinheiro para fingir que entende do assunto. Digo tudo isso a propósito da notícia de que o Ibope Media está criando um sistema de “estudos analíticos” para entender como as redes sociais estão influenciando o hábito de ver televisão. É o fenômeno que algum sábio definiu como “TV Social” e acabou pegando.

Certamente preocupado com a chegada de um forte concorrente (a alemã GfK, que começa a oferecer pesquisas de mercado e planeja entrar no segmento de medição de audiência), o Ibope anunciou que está se unindo à TTV, empresa especializada em mídias sociais. Esta já analisa mais de 100 canais de TV aberta e fechada, vendendo esses estudos para anunciantes, agências de publicidade e as próprias emissoras. Tomara que sejam estudos sérios e realmente ajudem a entender tantas mudanças (mais detalhes, neste comentário).

Para quem quiser tentar desde já, recomendo estes três artigos:

Ver TV ou experimentar TV, eis a questão

Nove questões sobre o impacto da tecnologia online

Estamos preparados para a próxima geração de TV?

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