Falando em GfK, nesta segunda-feira foi divulgada a carta de intenções em que quatro das maiores redes de televisão do país (Band, SBT, Record e Rede TV) prometem contratar pesquisas sobre audiência feitas pela empresa alemã. Como se nota, a única que ficou fora foi justamente a maior delas, a Globo, que há décadas é apontada pelo Ibope como líder absoluta de audiência. Depois de inúmeras trombadas e ameaças com o Instituto Brasileiro de Opinião e Pesquisa (hoje Ibope), do qual sempre desconfiaram, finalmente agora as concorrentes da Globo podem contar com um novo fornecedor.

A GfK promete atuar num universo mais amplo, entrevistando telespectadores em 1,2 mil residências na Grande SP e 920 no Grande Rio; isso, segundo o site especializado Meio & Mensagem, significa 1,5 mil domicílios a mais que o Ibope. Um contrato de cinco anos a ser assinado pelas emissoras irá render cerca de US$ 100 milhões, diz comunicado do próprio grupo alemão, o que representa 40% menos do que todas gastam atualmente com o tão criticado Ibope.

Além do fato de que concorrência é sempre bem-vinda, resta saber como irá reagir a empresa de pesquisas mais tradicional do país, acostumada a atropelar seus competidores. Sabe-se que a aproximação do GfK com as redes foi intermediada pelo SBT, eterno crítico dos métodos do Ibope. Mas este ainda é muito forte – pelo menos enquanto conseguir manter a exclusividade com a Globo.

1 thought on “Pesquisas de audiência: o que vai mudar

  1. Eu sempre achei que estas pesquisas eram pura balela. Já não possi dizer isso, o Ibope me visitou, perguntou um zilhão de coias e ainda deixou um gigantesco questionário para eu responder. Depois de tanto trabalho, espero mesmo que as respostas guiem a oferta de serviços e produtos.

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