A frase acima foi dita por Jeff Boccaccio, presidente da DPL Labs, empresa americana de consultoria que mantém um respeitado sistema de certificação de equipamentos de áudio/vídeo, especialmente cabos e conectores. Falando a uma plateia de especialistas na semana passada, Boccaccio – que também é colaborador do site CE Pro – comentou a quantidade de problemas que vêm sendo registrados em sistemas conectados pelo padrão HDMI; infelizmente, esse é o mais usado, hoje, no mundo inteiro.

“A coisa só vai piorar”, exclamou mr. Boccaccio, lembrando o conhecido trocadilho do plug-and-pray. Para quem não está familiarizado, essa é a brincadeira que se faz entre instaladores quando se vêem diante de uma rede HDMI. Em lugar do plug-and-play (“ligar e funcionar”) decantado pela indústria, surge uma enorme interrogação, sintetizada na expressão plug-and-pray (“ligar e rezar para que funcione”).

A preocupação faz mais sentido no momento em que surge uma nova codificação para sinais de vídeo, chamada HDR (High Dynamic Range). Supostamente, trata-se de um tratamento mais refinado do sinal digital, que ganha muito em contraste e profundidade de cores. “Podem acreditar: as variações na escala de cores são tão espetaculares que parecem imagens em 3D”, disse Boccaccio. Mas isso, adverte, quando cabos e conectores conseguem transportar o sinal em sua integridade. “Vamos precisar de toda a largura de banda especificada para HDMI, ou seja, 18 Gigabits por segundo”, garante ele.

O problema é que, já nos sistemas atuais, onde se trabalha com taxas em torno de 10 Gbps, essas redes não estão dando conta. Sinais UHD, por exemplo, estão sendo transmitidos com menos intensidade de cores do que em Full-HD. “Não se iludam: quando seus sistemas instalados começarem a carregar sinais HDR, os cabos não vão suportar”, preveniu o especialista, citando os testes que sua empresa vem realizando.

Em suma, o que estamos assistindo atualmente, nos poucos serviços que se identificam como tal, não é 4K. Talvez não se perceba quando estão conectados apenas um TV (ou projetor) e uma fonte de sinal. Mas a diferença fica clara quando se fala de redes. Ainda não estamos preparados para a era do UHD.

2 thoughts on “HDMI: “A coisa vai ficar pior”

  1. Boa tarde Orlando Barrozo .

    Primeiramente só tenho a lhe agradecer por esta reportagem de grande significado para todos nós que acompanhamos e somos apaixonados por audio e video .
    Evidentemente não digo agora , mas para um futuro bem próximo tenho interesse em mudar o meu sistema de home por completo em 4k : Tv oled, blu ray , receiver e principalmente as conexões . Sempre me espelhei em profissionais para a aquisição dos meus aparelhos e se a nova codificação para sinais de vídeo, chamada HDR (High Dynamic Range) for necessária e me oferecerá um melhor tratamento ou seja , mais refinado do sinal digital, que ganha muito em contraste e profundidade de cores, isso farei questão de me atualizar , pois aprendi a muitos anos que não adianta um grande investimento em aparelhos e não investir com capricho ou gastar mais nas conectividades .

    Me preservo quando falo em Imagem e também em audio , em qualidade ao extremo e por isso procuro o que de melhor me oferece e as conexões são partes importantes da minha sala de home e que venha o HDR .

    Como não sou um profissional no assunto , se eu estiver errado , fique a vontade para me corrigir , ok Orlando ? Fique a vontade !!

    JOSÉ CARLOS
    COLATINA ES

  2. Ainda bem que não temos à venda um tv OLED 4k maior que 65″,senão já o teria comprado e…me arrependido depois de ler esta matéria…

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