Na mesma semana em que foi, finalmente, anunciado o acordo entre as emissoras de TV abertas e a operadora Vivo para recolocar o sinal de Record, SBT e Rede TV nas casas dos assinantes (vejam os detalhes), saiu o levantamento da Anatel relativo ao mês de maio: o número de domicílios com TV por assinatura diminuiu mais um pouco (1,39%), chegando a 18,64 milhões de assinantes. Considerando que em 2014 eram 19,6 milhões de famílias pagando pelo serviço, temos uma queda de 5,1% no setor, no maior país da América Latina.
O principal motivo, sem dúvida, é a crise econômica, que tem feito muita gente cancelar suas assinaturas. Problema bem brasileiro. Mas há uma transformação tecnológica (e de comportamento) que é mundial, como mostra recente pesquisa da Nagra, empresa suíça que fornece equipamentos e software para operadoras e programadoras. Entrevistando executivos do setor, os pesquisadores constataram que nada menos do que 84% deles consideram os provedores de conteúdo (Amazon, Netflix, Google etc.) seus “principais inimigos” – 54% deles citam também a pirataria de sinal.
As saídas vislumbradas por eles seriam basicamente três:
*Oferecer aos assinantes serviços inovadores, como realidade virtual e vídeo em 360o;
*Agregar mais conteúdos a suas plataformas móveis;
*Buscar parcerias com os tais “inimigos”.
Certamente, alguns leitores incluiriam na lista o item “baixar os preços”, mas é bom já ir avisando que essa alternativa está fora de questão. E a razão é simples: a conta não fecha. Pay-TV é uma brincadeira que custa caro. Não à toa, é um setor cada vez mais concentrado, com domínio dos grandes conglomerados de mídia, e estes precisam remunerar seus acionistas. Nunca é demais lembrar a velha máxima do capitalismo: não existe almoço grátis. Mesmo (ou principalmente) em tempos de crise.
Como sempre vão correr para modismos que darão em nada. Tenho uma sugestão bem simples: que tal fazer o trabalho bem feito e parar de encher o saco dos consumidores?
Na Net o botão de trocar de canal é quase inútil. Assim que você passa por um canal que você não tem (não está no seu pacote) o controle “trava” numa tela que te obriga a pressionar “OK”. As vezes a tela azul não chega a aparecer, mas há uma demora e depois você acaba pelo menos um canal a frente do que pretendia. Por que obrigar o cliente a passar por dúzias de canais que ele não tem? Só pode ser para que o cliente fique frustrado e cancele o serviço!
Quem perde tempo para descobrir o que está passando? Principalmente levando em conta que o decoder é lento pra mostrar o programa. Apenas olhamos a programação na barra informativa na base da tela e continuamos subindo pelos canais. O problema é que a Net (e todas as outras operadoras) não raramente coloca a programação errada.
Legendas ruins, serrilhadas e as vezes inexistentes.
Fiquei meses sem ver TV a cabo, mas pagando sem falha via débito. Qual foi a minha surpresa ao ligar a TV e descobrir que o cartão estava “expirado”. Já aconteceu duas vezes, já que, dados os problemas citados antes, fico meses sem ver TV (mantenho o serviço por ser um pacote com Internet).
Enquanto isso, na Netflix, não tem canal bloqueado, tudo tem opção legendado (e acredito que dublado também), as legendas são bonitas e fáceis de ler, vejo o que quero, quando quero, não tenho que me preocupar com programação errada. Quando escolho algo, clico e começo a ver na mesma hora. Nunca apareceu uma tela azul dizendo que não posso ver algo porque não está no meu pacote.
Ao invés de ficar correndo atrás de besteira, que tal Net e Cia. começarem a fazer o básico com o mínimo de qualidade?
Sou assinante da NET desde o tempo em que se chamava Multicanal e o grande diferencial dos canais pagos é que não existiam os incômodos comerciais.
Hoje, o que me incomoda é o volume absurdo de anúncios que se repetem tentando cansar ou fazer uma lavagem cerebral nos espectadores.
Tenho o gravador HDMax onde posso avançar rapidamente os intervalos mas,mesmo assim, é um saco.
Será que é legal pagar pelos canais fechados e ser obrigado a assistir mais comerciais do que na tv aberta?
Viva a Netflix!