Até hoje não foi bem explicada a saída de Amos Genish do comando da Vivo, no final do ano passado, que até comentamos aqui. Fundador da GVT, negócio que transformou em bilhões, Genish vendeu a empresa ao grupo francês Vivendi, que a repassou à espanhola Telefônica, e esta foi buscá-lo a peso de ouro depois, quando decidiu unificar as duas marcas (Vivo e GVT) no Brasil. Tudo isso em dois anos! As explicações formais (“busca de novos desafios” e platitudes similares) não foram bem digeridas pelo mercado.

Pois agora Amos Genish está de volta, liderando uma nova fase da TIM. Foi chamado pelo mesmo grupo Vivendi, que acaba de assumir o controle da Telecom Italia. Tem o cargo de diretor-geral da empresa italiana, mas seu conhecimento do mercado brasileiro será muito útil. Há meses a TIM negocia para comprar a Oi, solução que seria um alívio para os credores da ex-super tele – a dificuldade é assumir uma dívida monstruosa, já de quase R$ 64 bilhões; seria ótimo também para o governo brasileiro, que ainda corre o risco de herdar esse típico abacaxi petista.

Outra especulação recente refere-se à Sky, que pertence ao grupo DirecTV, adquirido em 2015 pela AT&T, por sua vez candidata também a dona da Time Warner. Para a fusão ser confirmada no Brasil, a AT&T terá que se desfazer da Sky (detalhes aqui), o que abre a brecha para possível acordo com a TIM. 

Vale lembrar que, dos grandes grupos de telecom atuando no Brasil (os outros dois sendo Telefônica/Vivo e NET/Claro), o italiano é o único que ainda não atua no segmento TV, exatamente a especialidade da Sky, reforçada por sua nova estrutura de satélite. Os próximos meses dirão.

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