Foi uma péssima estreia – certamente uma das piores da história. Com apenas algumas horas no ar, o serviço de streaming da Disney, tão aguardado ao longo do ano, travou! Pior: assinantes que tinham acabado de se cadastrar não só ficaram impossibilitados de acessar suas contas como descobriram que haviam perdido o acesso devido à ação de hackers.

Dados extraoficiais indicam que já no dia da estreia (12/11) o Disney+ acumulou a incrível marca de 10 milhões de assinantes, somente nos EUA, Canadá e Holanda; para outros países, o serviço ainda não foi aberto. Nos últimos dias, as redes sociais ficaram abarrotadas de reclamações e críticas de usuários sem saber o que fazer. Mais grave que tudo, no entanto, a empresa até a tarde desta 2a feira ainda não tinha se pronunciado sobre o problema.

O site ZD Net, especializado em segurança de redes, como não conseguia explicações da empresa, foi a campo para descobrir por conta própria o mistério. Sua conclusão: no próprio 12/11, hackers foram rapidamente à caça de contas no Disney+ e passaram a vendê-las na chamada dark web, o “mercado negro” da rede formado principalmente por fóruns online. Conseguiram entrar no Disney+, que provavelmente não tinha proteção adequada, e invadir contas registradas, onde alteraram emails e senhas cadastradas. Na prática, roubaram as contas.

O pessoal do ZD Net confirmou que milhares de contas Disney+ estavam à venda em fóruns de hackers desde o dia 12. O site chegou a publicar printscreens de alguns fóruns (vejam aqui). 

Considerando que se trata da maior empresa de mídia e entretenimento do planeta, e de um projeto bilionário que vem sendo planejado há cerca de dois anos, gerando uma expectativa nunca vista no segmento de streaming, o lançamento do Disney+ só pode ser definido como um retumbante fracasso. Fica uma lição para a empresa, e também para os consumidores afobados.

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