Estudo recente da respeitada consultoria inglesa Futuresource revela otimismo com a tecnologia 8K. Sucesso em todas as feiras internacionais desde o ano passado, a resolução de 7.680 x 4.320 pixels ainda está longe do alcance da maioria. Mas a pesquisa indica que, em 2019, já foram vendidos no mundo mais de 200 mil TVs desse tipo; e que até 2023 o crescimento será de 130% por ano, em média.
Importante: a previsão não leva em conta o possível crescimento na oferta de conteúdos originais em 8K, hoje o grande problema para convencer alguém a pagar o preço de um TV desse tipo. Ou seja, se Netflix, Amazon e outros serviços de streaming começarem a exibir material nativo em 8K, a tendência é que as vendas desses TVs sejam ainda maiores.
Claro que são especulações. Nem se pode afirmar ainda que o 4K esteja “na boca do povo”, embora os preços tenham caído sensivelmente nos últimos meses – que dizer do 8K? Estimativas informais dão conta de que TVs 4K representem hoje entre 40% e 50% das vendas da indústria, concentradas nos modelos acima de 50 polegadas (vejam aqui a primeira vez em que comentamos sobre 4K, no já longínquo 2012). Para 8K, não se pode falar em menos de 65″, e aí volta a questão de quem tem espaço na sala para acomodar (bem) uma TV desse porte.
Um dos fortes argumentos é que, com 4K, deixa de existir a velha dúvida sobre a distância ideal para se assistir TV: é preciso encostar (literalmente) o olho na tela para enxergar os pixels; portanto, pode-se ficar a 2 ou 3 metros de distância sem prejuízo da qualidade de imagem. Confesso que, pessoalmente, me sinto pouco à vontade com telas muito grandes, especialmente em filmes de ação, pela dificuldade em acompanhar com os olhos todos aqueles detalhes em movimento. No meu caso, cansaço visual é um problema.
Se com 8K vamos poder ver ainda mais detalhes das imagens, e em telas maiores, a questão da distância – pelo menos para mim – voltará a ser prioridade. Evidentemente, essa percepção varia de uma pessoa para outra. Qual é a sua?
Acho que não estão levando em conta a queda de preço que essas TVs vão ter. É so comparar o preço ha 1 ano atrás.
ainda hoje as TVs 4 k com fabricação recente apresentam erros grosseiros de projetos mas placa , imagine investir em algo com tecnologia embrionária. vamos ser cobaias conforme acontece com os smartphone da Apple quando são lançados no comércio.
Será que procede à opinião (de entendidos) ao afirmarem que o olho humano tem limitações para distinguir a diferença na definição entre uma imagem em 4K e outra 8K?
Olá Sergio, obrigado pela mensagem. Essa visão provavelmente é de alguém que não comparou os dois tipos de imagem. Basta colocar ambas lado a lado para perceber a diferença – claro, desde que sejam imagens nativas, ou seja, realmente gravadas em 8K, e não upscaling. O que se pode, sim, argumentar é que o salto do HD (2K) para o 4K foi mais impressionante do que está sendo agora 4K para 8K. Mas, ainda assim, é uma tremenda evolução. ABs.