Inteligência Artificial é a bola da vez para os fabricantes de eletrônicos, como já comentamos aqui algumas vezes (vejam este post, por exemplo). Além dos assistentes de voz, que às vezes até parecem mais inteligentes do que seus donos, estamos vendo na prática a evolução no desempenho dos aparelhos, especialmente os TVs, que agora ajustam a qualidade de áudio e vídeo em tempo real, de acordo com o tipo de conteúdo e com as condições da sala.

A edição de maio da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL, que comemora seus 25 anos, vai trazer uma detalhada análise das TVs com IA (ou do inglês AI, como preferem usar alguns fabricantes). Os benefícios vão da rapidez no acesso dos conteúdos e das fontes de sinal ao processamento das cores e à proteção aos olhos. Estamos de fato entrando numa nova era dos equipamentos eletrônicos. Algumas linhas de TVs 2021 virão com as chamadas redes neurais, que são conjuntos de sensores e algoritmos desenhados para eliminar virtualmente qualquer falha.

Tudo parece maravilhoso, mas a Inteligência Artificial também tem seus problemas. Autoridades europeias estudam formas legais de enquadrar os avanços dessa tecnologia, segundo reportagem esta semana do The Wall Street Journal. Claro, não estão preocupados com o desempenho dos TVs nas casas das pessoas, mas com algumas formas de IA que ameaçam a segurança dos cidadãos. Só para lembrar, são as mesmas autoridades – na liderança da União Europeia, que equivale a um governo comum dos 27 principais países do continente, Reino Unido excluído – que propuseram e aprovaram a Lei Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês), hoje em vigor no Brasil.

Agora, o objetivo é criar normas rígidas para o uso, por exemplo, do reconhecimento facial em empresas e espaços públicos. Idem para transações financeiras, algo que assusta os bancos e administradoras de cartões, que detêm bilhões de dados sobre nós todos. Assim como já pressiona gigantes da internet (Google, Facebook, Amazon…), a União Europeia quer ter o direito de fiscalizar mais de perto o funcionamento das redes que atuam no continente. Esta reportagem de O Globo esmiúça as propostas.

Se vai funcionar ou não, é difícil saber. Os críticos da UE alegam, por exemplo, que se as medidas forem aprovadas as empresas europeias ficarão em desvantagem contra suas concorrentes americanas e asiáticas, o que dá uma boa discussão. Fato é que há muita gente insatisfeita com o avanço acelerado da nossa querida Inteligência Artificial.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *