Ainda a propósito do “Guia de TVs 4K e 8K”, que comentamos esta semana, vale a pena lembrar aos consumidores – como, aliás, temos feito sempre nos últimos anos nesta época – que a “tecnologia da fraude” também evolui. A cada ano surgem novos golpes, e as TVs não são exceção.
Talvez seja útil explicar como fazemos a pesquisa que permite identificar todos os modelos à venda no país e levantar a enorme quantidade de dados técnicos sobre tantos modelos. Parte das informações é colhida nos sites dos fabricantes, mas como a prioridade destes é promover os produtos, o trabalho exige cuidados adicionais. Nem sempre uma informação destacada pelo fabricante é relevante para o consumidor, e muitas vezes faltam dados essenciais.
Fake news comerciais
Cabe à equipe, então, vasculhar a internet à procura do que interessa. Para isso, revisamos materiais técnicos, relatórios dos testes que fizemos ou dos publicados em sites especializados, inclusive internacionais. Nessas buscas, é comum nos depararmos com sites de e-commerce onde os golpes estão nas entrelinhas. A praga dos influencers disfarçados de “jornalistas especializados”, que não atacam só no Brasil, só ajuda a naturalizar essas fraudes.
YouTube e outras plataformas estão infestados de vídeos identificados como “testes”, quando na verdade são divulgadores de marcas. Seus conteúdos são uma espécie de fake news comercial e, claro, devem ser desconsiderados pelo consumidor que busca referências e uma orientação minimamente séria. Isso, para não falar dos crimes já identificados por serviços como Reclame Aqui, ClearSale e Procon. Há sites que simplesmente copiam o layout (e até o logotipo!!!) de lojas conhecidas como Magalu e Fast Shop, oferecendo as famosas “ofertas imperdíveis”.
Criatividade em fraudes online
Nada contra a Black Friday, que começou com um dia só (friday quer dizer “sexta-feira”; e não por que se chama black) e hoje ocupa quase dois meses do ano. Executivos da indústria revelam que se tornou a data mais importante em termos de vendas, superando até o Natal. Naturalmente, os casos de fraude também aumentam: atrasos na entrega, produtos que chegam com defeito ou até fisicamente danificados, descontos ilusórios como o já caricato “a metade do dobro” e por aí vai.
Segundo o Mapa da Fraude – Black Friday 2023, da ClearSale, em apenas uma semana do ano passado foram cerca de 400 fraudes por hora. Apesar um exemplo para redobrar os cuidados: quando o preço anunciado é muito abaixo da média de mercado, desconfie. Verifique, por exemplo, o custo do frete. Ao fechar o carrinho, nem sempre a compra está de fato finalizada. Sem avisar, a loja aumenta astronomicamente o valor do frete, mesmo que você esteja em São Paulo ou Rio de Janeiro, onde fica a maioria dos centros de distribuição. E o consumidor ingênuo nem se lembra de checar o custo final da compra. Terá uma surpresa quando receber a fatura do cartão de crédito; se for no débito, já era.
E, como dica de segurança obrigatória nesta época do ano, anotem dois endereços de referência para checar a idoneidade da loja onde você compra:
https://www.serasa.com.br/premium/blog/black-fraude-conheca-os-golpes-mais-comuns/
https://www.reclameaqui.com.br/
Olá Orlando, boa tarde!
Por que existem fraudes nos sistemas dos comércios eletrônicos?
Este questionamento que precisamos fazer.
Sabemos que as fraudes estão por toda parte, com as plataformas patrocinadas, que torna-se um câncer para sociedade, com isso, é possível apresentar páginas de site semelhantes aos dos comércios eletrônicos, dos Órgãos Públicos, das Instituições Financeiras e isso é crime. É preciso punir na origem, com rigor, estas plataformas que permite esses tipos de negócios fraudulentos, que causa prejuizo a sociedade e ao comércio eletônico verdadeiro, que cumpri com rigor a legislação no nosso Brasil.