
Em plena “6a feira negra”, o dia oficial da Black Friday, estamos registrando mais uma série de provas de uma verdade antiga: informação de má qualidade pode ser fatal. Lembro de uma história sobre John Lennon, que não gostava de andar com seguranças. “Sou um homem da paz”, dizia ele. “Por que alguém iria querer me matar”?
Pois é, Lennon estava muito mal informado, até porque vivia em Nova York, uma das cidades mais violentas do mundo e repleta de gente esquisita nas ruas. Para tristeza de todos nós, foi assassinado ao chegar em casa por alguém que se dizia seu fã, com quatro tiros pelas costas. Depois dessa tragédia, quase todos os famosos passaram a usar seguranças em todos os lugares aonde vão.
Desculpem se dramatizo demais o tema, mas essa questão – a qualidade da informação que consumimos – deveria ser uma obsessão para as pessoas de bem. Vejam o caso da Black Friday. Pelo enésimo ano consecutivo, encontramos nas lojas online uma infinidade de ofertas tentadoras escondendo armadilhas. Na ânsia para fechar logo a compra, o consumidor facilmente se deixa enganar.
Fica aí o alerta. Não é questão de vida ou morte, como no primeiro parágrafo, mas o cuidado com a informação – ainda mais em tempos de influencers disfarçados de entendidos – pode ajudar a evitar muita dor de cabeça. E vale a pena ver este post.
TV GRANDE OU GIGANTE?
Falando em Black Friday, quero chamar a atenção do leitor para um fenômeno do segmento de TVs. Um ano atrás, comentávamos aqui sobre a paixão dos brasileiros pelas telas grandes. Pois a competição entre as marcas está produzindo verdadeiros “milagres” mercadológicos nesse campo. Vejam os exemplos abaixo:
Hisense Q7QG, painel QLED de 100″: R$ 14.249
Samsung DU9000, com painel LED de 98″: R$ 13.499
LG Nanocell 86″: R$ 11.969
TCL MiniLED C6K 75″: R$ 5.313
A única categoria de TVs onde não encontrei (ainda) grandes pechinchas foi a de OLED, que continuo achando a melhor, mas que, como já vimos suceder inúmeras vezes na história da indústria eletrônica, corre o risco de se fixar como “produto de nicho”. Há coisa de quatro ou cinco anos, ninguém imaginaria encontrar uma TV de 100″ por 15 mil reais; aliás, ninguém sequer pensava (acho) em ter em casa uma TV desse tamanho.
Talvez esses preços mudem assim que acabar a “febre” da Black Friday. Mas a evolução tecnológica é implacável, assim como a dinâmica do mercado. Com a proximidade da Copa do Mundo, deve haver muita gente encomendando uma gigante dessas para aproveitar os preços convidativos. Para esses, a recomendação é: busquem bastante informação sobre o modelo que pretendem comprar. E, tão importante quanto, verifiquem antes onde o aparelho será instalado.
