candelasNos preparativos para a CES 2014, que acontece entre 7 e 10 de janeiro, estamos recebendo grande quantidade de material encaminhado por alguns expositores. Nem tudo tem utilidade para o consumidor brasileiro (são cerca de 3.200 empresas), mas já é possível notar que teremos boas novidades. Que tal, por exemplo, um display que amplia de tal maneira o brilho e o contraste da imagem a ponto de dar a ilusão de que é uma janela, não uma tela de vídeo?

A solução, que será demonstrada na CES, vem da Dolby. Após ganhar fama com seus codecs para processamento de áudio, a empresa passou a investir, nos últimos anos, em processadores de vídeo. Esta semana, mostrou a um grupo de jornalistas, em sua sede em São Francisco, o protótipo de um megadisplay cujo nome provisório é Pulsar. Colocada ao lado de um modelo convencional Full-HD, a tela impressionou a todos.  Segundo os técnicos da Dolby, a diferença está no índice de nits, especificação que se refere à quantidade de candelas por metro quadrado (cd/m2); candela é a unidade mínima para medição de intensidade luminosa.

O princípio em que se baseia o projeto não é difícil de entender. Dizem os técnicos que uma lâmpada comum de 100 watts emite um total de 18.000 nits, enquanto uma tela de TV produz apenas 100, ou seja, quase 200 vezes menos luz. Claro, ninguém é capaz de ficar olhando horas a fio para uma lâmpada acesa, mas os TVs que usamos bem que poderiam produzir imagens mais brilhantes. O problema, como se sabe, é que toda vez que se aumenta o brilho da tela a imagem se torna mais “lavada”, perdendo nitidez. “É preciso aumentar também o nível de contraste”, explica Mike Rockwell, vice-presidente da Dolby. “Quando se consegue aumentar brilho e contraste, ganha-se uma imagem muito mais próxima da realidade.”

Na apresentação, funcionários da empresa utilizaram fontes adicionais de luz (leds) para subir a taxa de brilho do TV até 4.000 nits, sincronizado com um decoder que ampliava também o contraste e fazia as devidas correções de cores. A intenção da Dolby é vender o decoder (e o software que vem embutido) a fabricantes de TVs e projetores, emissoras e operadoras de TV e estúdios de cinema. As negociações já estariam adiantadas, e é provável que alguns expositores utilizem a CES para demonstrar produtos com a novidade. Assim como no áudio, será preciso gerar imagens com maior luminosidade e equipamentos dotados de codecs para reproduzi-las.

Rockwell acredita que já nos primeiros meses de 2014 teremos produtos desse tipo à venda em alguns países.

3 thoughts on “Não é a resolução, é o brilho!

  1. Orlando, você está informado sobre o preço desta TV, irá acompanhar os das TVs 4k?
    E na frase: “teremos produtos desse tipo à venda em alguns países”, o Brasil está incluído?
    Obrigado.

  2. Olá, Edson. Não, ninguém sabe ainda quanto custará e quando chegará ao mercado. Como foi dito no texto, a Dolby está “negociando” com fabricantes e isso sempre leva tempo. Vamos ver se as grandes do setor se interessam. Abs. Orlando

  3. Essa eu não entendi mesmo. Mais brilho na TV para quê mesmo? Eu tenho um plasma 65VT50b cujo brilho parece ser um pouco inferior ao de uma excelente TV LCD/Leds, mas eu não sinto necessidade de mais brilho do que ela já me proporciona, além do que acho que as melhores LCD/Leds já tem brilho que se farta, e veja então as OLEDs que estão chegando, quanto de brilho tem uma TV dessas, “my God”!!!? Uma boa visualização de filmes e Shows em casa requer um ambiente mais escuro, mais ainda para 3D, a fim de melhorar a imersão no ato cinematográfico. Então; num ambiente adequadamente escurecido o brilho das atuais TVs já está bom demais, visto que tão ou mais importante do que o brilho solar é a figura eternamente perseguida do bom contraste, bom nível de preto, excelente “shadow details”, durabilidade do produto e o bom atendimento no pós venda, o resto é como querer correr atrás do vento. Quem puder no futuro comprar uma boa TV OLED vai concordar comigo.

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