Embora convidado, não pude estar presente ao evento de lançamento mundial dos TVs QLED, da Samsung, no início de março. Na verdade, foram dois eventos: um em Paris, para a imprensa internacional, e outro em Nova York, para os americanos, ambos com o objetivo de demonstrar a superioridade dessa tecnologia sobre os displays orgânicos (OLED).

O tema já foi explorado inúmeras vez (vejam os links ao final deste texto), mas pelo visto não se esgotará tão cedo. Após adquirir, no ano passado, a fabricante americana QD Vision, que detém a patente Quantum Dot (os chamados “pontos quânticos”), a Samsung busca consolidar esse avanço entre os especialistas, a maioria deles aparentemente convencidos de que os OLED são mais eficientes.

Na verdade, não é a única que utiliza QD; Sony e LG, entre outras, também têm seus painéis de nanocristais, outro nome para a mesma tecnologia. A diferença pode estar na capacidade de combiná-la com o processamento HDR (High Dynamic Range) e com a geração de luz traseira (backlight) dentro do display. São recursos que ajudam a compensar a deficiência natural dos TVs LCD em lidar com os níveis de contraste, problema que não acontecia nos plasmas e também não ocorre no OLED.

Dentro de sua estratégia para fazer decolar o QLED, a Samsung decidiu liberar o uso dessa marca a qualquer fabricante. Seria uma forma de diminuir as dúvidas na cabeça do consumidor, já que é facílimo confundir “OLED” e “QLED”. Num encontro com revendedores na semana passada em sua sede de New Jersey, executivos da empresa coreana confirmaram que pretendem abrir os códigos de metadados usados em seus TVs para reprodução de conteúdos gravados em HDR. Assim, outras marcas poderiam adotar a identificação “HDR 10 Plus” sem ter que pagar royalties, e a memorização por parte dos consumidores seria facilitada.

É preciso agora ver se os demais fabricantes concordam (a LG certamente não!). As linhas de TVs Samsung QLED, previstas para chegar nas próximas semanas aos principais países, e ao mercado brasileiro em junho, incluem modelos de 55″, 65″, 78″ e 88″, com um suporte especial para montagem na parede (foto). A linha Q9, mais avançada, utiliza backlight Direct LED, com maior quantidade de leds para iluminar os pixels. 

Vale a pena ver estes outros tópicos sobre o assunto:

Por trás dos pontos quânticos

O mundo mágico dos pontos quânticos

HDR: mais um enigma

LCD, ainda correndo atrás do OLED

LED ou OLED, qual é o melhor?

4 thoughts on “Samsung quer “abrir” marca QLED

  1. Teoricamente,um painel cujos pixels são visualizados por tranparencia,através de um backlight,deve ser inferior a um onde são os próprios pixels que emitem sua luz,por isso,aposto nos OLED,unico painel que pode ser capaz de suplantar o plasma,que eu adoro…

  2. QLED é apenas um titulo novo criado pelo marketing, mas sem significar nada de realmente novo. A Qled continua sendo um televisor LCD retroiluminado por leds (por vezes apenas edge-lit) com uma camada de quantum dots (ou nanocristais, ou triluminos, ou seja la que nome queiram dar). Exatamente como os que ja existem ha alguns anos no mercado (como a Sony XBR-85x). Apenas criaram um nome novo para isso.

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