IFA 2016

Ainda sobre a IFA, que citamos no comentário anterior, vale registrar que a LG parece aumentar sua aposta nos painéis orgânicos (OLED). A entrada de seu estande na Feira é um enorme “túnel orgânico” (5m de altura x 15m de comprimento), formado por nada menos do que 216 displays OLED de 55″ cada e exibindo imagens impressionantes, como mostra este vídeo.

Só que as notícias mais importantes da empresa foram dadas, não em Berlim, mas em Seul, onde o vice-presidente, Kwon Bong-suk, disse ao site Business Korea que os TVs OLED atuais são apenas o começo. O grupo decidiu que essa tecnologia deve ser o segmento premium do mercado, ficando os LED-LCDs numa faixa de consumo ligeiramente mais baixa. “OLED é voltado para apenas 2% dos consumidores, num setor que hoje representa 200 milhões de aparelhos vendidos por ano”, disse Suk. “Os preços dos OLED serão sempre mais altos, aproximadamente 1.000 dólares a mais que um LCD, no caso das telas de 55″ a 77″. Vamos lançar nossa própria linha de Quantum Dots, para atender às outras faixas de público”.

O executivo anunciou que já na CES, em janeiro, serão demonstrados esses novos aparelhos. Para quem não acompanha, os painéis Quantum Dots (QD) são usados atualmente por Sony e Samsung, embora com nomes diferentes, para aproximar a reprodução da qualidade ainda superior dos OLED. Nos bastidores, há notícias que Panasonic e Sony também lançarão TVs OLED no ano que vem, utilizando painéis fornecidos pela própria LG, algo que a Samsung se recusa a fazer (nenhuma das empresas confirma).

Em alguns países, a LG já lançou displays OLED para uso comercial – muito elogiados, aliás. E Suk acrescentou mistério na entrevista: “A competição em torno do OLED irá aumentar em 2017, mas nossos novos TVs serão baseados num outro tipo de hardware, que só a LG pode fabricar”.

Fato é que, enquanto a LG for a única fabricante, a tecnologia OLED continuará gerando alguma desconfiança: toda vez que uma empresa fica sozinha num mercado, este acaba não se desenvolvendo. Será diferente agora?

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