cableComentamos aqui outro dia sobre a concentração no mercado de TV por assinatura, mas na verdade o que se percebe é uma movimentação global dos grandes grupos de mídia tentando consolidar suas áreas de influência. Vejam a notícia, divulgada no fim de semana, de que a AT&T, segunda maior operadora de telecom dos EUA, estaria comprando a DirecTV, segunda no segmento de TV via satélite. Negócio de US$ 40 bilhões!!!

As autoridades americanas ainda estão para confirmar se aprovam a fusão entre a Comcast, líder entre as operadoras, e a Time Warner, segunda colocada. É um caso tão flagrante de concentração (imaginem no Brasil, por exemplo, a Net comprando a Sky…) que a maioria dos experts aposta que será vetado pelos órgãos de defesa da concorrência. Ainda assim, serve para mostrar o perigo iminente: quando dois leões se unem, não sobra para ninguém.

Voltando à AT&T, a possível incorporação da DirecTV certamente teria impacto no Brasil, já que esta última é proprietária da Sky. Especula-se que entraria no negócio a Dish, arqui-rival da DirecTV, que ficaria com as operações da empresa na América Latina, deixando para a AT&T apenas a parte americana do grupo.

São apenas especulações, mas num momento em que se discute a chamada neutralidade da internet acordos desse tipo soam como bomba atômica. Como esperar neutralidade quando um só grupo detém tamanho poder? É o que perguntam empresas como a Netflix, por exemplo. E nosso suado marco civil, eivado de “pegadinhas” que ainda vão render muita discussão, teria de ser virado do avesso.

Para quem quiser entender melhor esse processo todo, sugiro uma olhada no site Teletime e sua cobertura da Cable 2014, maior evento do setor, que aconteceu semana passada em Los Angeles.

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