Todo mundo fala no Blu-ray e diz esperar que os preços baixem para comprar o seu. Na CES, só vimos demonstrações com discos desse formato, dando a falsa impressão de que o DVD convencional está em fim de carreira. Não acredito. O esforço da indústria agora é convencer o consumidor a trocar seu DVD velho por um Blu-ray, que realmente oferece muito mais recursos. Mas a crise mundial está segurando um pouco essa ansiedade.
Vejam só. A Sony, através de sua subsidiária Sony Pictures Entertainment, montou um enorme estande na CES para promover as qualidades do software BD-Live, que passa a ser incluído nos novos discos da empresa. Conversei com Rich Marty, diretor da SPE, que me falou animado sobre as perspectivas desse mercado. “Apenas a melhor imagem não é um argumento suficiente para atrair o consumidor, que está satisfeito com a imagem do DVD. Agora, com essa nova geração de Blu-ray, temos um argumento incontestável”.
De fato, o salto do DVD para o Blu-ray é mais demorado do que foi, por exemplo, trocar o VHS pelo DVD. O BD-Live é aquele software que permite acessar na web materiais adicionais sobre o filme que você está vendo em Blu-ray, abrindo essas informações numa janela do seu TV (tipo, dados do ator principal, entrevistas com o elenco, informações adicionais). Pode ser até que essa novidade chegue logo ao Brasil, onde a Sony promete lançar 140 títulos em Blu-ray este ano – Martin me garantiu que o mercado brasileiro está entre as prioridades da empresa.
Mas, será que isso é suficiente? Ainda vejo muita gente que nem ouviu falar de Blu-ray, embora haja milhares de PlayStation 3 por aí, que podem ser usados para rodar esses discos. Ao mesmo tempo, alguns fabricantes prometem uma sobrevida ao DVD comum, caso da LG, que acaba de anunciar na Coréia o lançamento de dois novos modelos bem interessantes. Segundo o blog Akihabara News, o modelo DV4S (foto), por exemplo, vem com painel touchscreen, converte DVDs comuns para alta resolução (720p ou 1080i), utiliza conversor D/A de 10-bit e reproduz também discos de áudio padrão 192kHz/24-bit. Já o modelo DV4M faz também as funções de gravador de áudio: você liga nele seu MP3 e ele copia o conteúdo (não importa o formato) num disco, também com upconversion para 192kHz.
Vejam quanta coisa um DVD ainda pode fazer.
DVD ainda terá grande sobre vida, apenas precisa distribuir o audio em 7.1 dicretos que só nos é dado via Blueray. Deverá ser descoberto uma forma do DVD poder comportar mais Gygabites…… e resolução direta com maior qualidade.
Acredito que o BD será um nicho de mercado como foi o caso do Laser Disc, ou seja , não será o substituto do DVD.
Sobre o comentário do amigo Severino, se você procura áudio 7.1 e resolução maior, não há porque não ir direto à fonte, ou seja, o Blu-ray. Não há razão para criar novas características no DVD que não sejam dentro do padrão amplamente aceito e usado.
O DVD continuará existindo, pois nem todos podem (infelizmente) arcar com o custo de um sistema Full HD (TV + Receiver + BD), além de que com a grande venda em massa das TVs de 780 linhas a resolução do DVD é ideal nestes casos.