Pesquisa divulgada semana passada nos EUA (leia aqui) mostra como a integração entre sistemas de home theater e computadores está se consolidando. Os americanos até já criaram um nome para o fenômeno: HTPC. A conexão está tão simplificada, e os preços caindo, que essa solução vai se tornando natural na maioria das residências.
O raciocínio é simples: todo mundo tem televisão, e um número cada vez maior de pessoas tem computador em casa. Com acessórios básicos, é possível ligar um ao outro. Para quem possui TV a cabo, uma conexão a mais fará com que tudo seja integrado ao computador, que passa a funcionar como “cérebro” do sistema. Daí, programar, armazenar, processar, editar e copiar fotos, vídeos, músicas etc. torna-se um procedimento até banal.
Os autores da pesquisa dizem que essa é uma das tendências certas para os próximos anos. Mas, por incrível que pareça, ainda encontro profissionais ditos “especializados” que estão na dúvida: será que vale a pena entrar nessa? Muitos ainda preferem tentar competir com os magazines, cortando suas margens de lucro até o limite da sobrevivência. Para esses profissionais, na falta de bons argumentos de venda, o preço acaba sendo o único recurso para atrair o cliente. Só que, é claro, jamais eles poderão concorrer em preço com as grandes redes.
Tenho uma tese a respeito: essa incapacidade de se adequar aos novos tempos tem a ver com as carências educacionais do País, cujo sistema de ensino foi praticamente destruído ao longo das últimas décadas. Sem base educacional, muitos acabam caindo na profissão errada, como verdadeiros paraquedistas. Ou então têm dificuldade de aprender coisas novas e/ou preguiça de estudar.
Lamento informar que, para trabalhar com tecnologia, não tem outro jeito: é preciso estudar e se atualizar sempre. Quem fizer isso vai encontrar bons argumentos de venda para convencer seus clientes, e não precisará competir com concorrentes muito mais poderosos.
