080415_peter_gabriel_184x138.jpgEm meio aos milhares de executivos que circulavam ontem pela feira da NAB, em Las Vegas, um senhor de ralos cabelos brancos, óculos e cavanhaque chamou atenção. Fora convidado para dar uma palestra sobre uma ferramenta chamada The Filter, que teria o mágico poder de nos livrar dessa verdadeira selva de informações que é hoje a web. Clique aqui para conhecer.

Não era um palestrante qualquer. Aquele senhor quase careca era Peter Gabriel, que em 1966 fundou uma banda de rock chamada Genesis e mudou os rumos do rock progressivo. Desde que saiu do grupo, em 77, Gabriel tornou-se um músico fora do comum: foi dos primeiros a desbravar a chamada world music, incluindo tambores africanos e sons exóticos em seus discos, e se entregou a campanhas ambientalistas e outros ativismos.

gabriel41.jpgE o que faz uma figura dessas numa feira de tecnologia? Pois é, Gabriel acha que as pessoas estão perdendo o rumo por causa da internet, com a infinidade de informações disponíveis, as inúmeras redes sociais e comunidades. “Quando você mergulha no mar, é preciso ter alguma forma de navegar”, resume. Aos 58 anos, Gabriel é fissurado em tecnologia. Já criou na Inglaterra uma loja virtual de música, que acabou comprada pela Nokia, e também trabalhou no desenvolvimento de jogos para computador.

Agora, juntou-se a amigos para promover The Filter, que começou como um site de música e entretenimento e agora quer preencher uma lacuna que, segundo ele, nem o Google consegue: permitir que as pessoas organizem suas buscas na web a partir de seus gostos e hábitos pessoais. Um sonho? Pode ser. Mas Peter Gabriel vem sonhando desde quando era roqueiro e tinha cabelos (vejam as fotos: esta da época do Genesis e a outra, no alto, tirada esta semana em Las Vegas).

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