Volto aqui ao tema dos TVs Full-HD e os critérios de compra, e aproveito para responder também aos leitores Douglas Amadei, Alexei Ferreira e Dinaldo Campos, entre outros, que enviaram questionamentos na mesma linha. Uma primeira consideração de caráter mercadológico e que, parece, alguns se esquecem: todo produto novo, e tecnologicamente mais avançado, custa mais caro. Não há como fugir disso. O problema é saber se aquilo que o aparelho traz de inovação justifica o custo mais alto, e esse é um ponto polêmico porque algo que é importante para um usuário pode ser insignificante para outro.

Digo isso a propósito dos novos TVs LED-LCD e dos plasmas ultrafinos, que chegaram ao mercado este ano. Todos são, sem dúvida, melhores que seus antecessores. E são também mais caros. Os LCDs convencionais são os TVs mais vendidos do mundo justamente porque atingiram uma faixa de preço acessível a mais consumidores. Não dá para querer que um aparelho mais avançado custe o mesmo.

Como comentei ontem, os LCDs com backlight de LED trazem enormes ganhos sobre os que utilizam luz fluorescente: cores mais definidas, melhor nível de contraste – para mim, os dois aspectos mais importantes -, imagem mais brilhante, menor consumo de energia e vida útil mais longa. Evidentemente, nem todo mundo tem condições de perceber a diferença simplesmente olhando para um monte de telas numa loja, até porque a própria loja, às vezes, manipula a qualidade do sinal para vender esta ou aquela marca. Por isso é que os fabricantes precisam introduzir outros recursos além da imagem melhor, para tornar seus produtos mais atraentes.

Alguém pode achar que esses “outros recursos” são apenas perfumaria, mas isso é elitismo. Aspectos como design, tipo e quantidade de conectores, desempenho do controle remoto, facilidade de ajustes, desenho do menu e até o acesso direto à internet, que está se tornando comum, também são importantes para muitos usuários. Minha sugestão, portanto, para quem estiver pensando em comprar um TV, é fazer uma lista das suas prioridades, tomando por base os parâmetros descritos acima. O que, de fato, entre todos eles, é realmente importante para você? A partir daí, vale uma boa pesquisa na internet. Depois, visitas a algumas lojas, de preferência aquelas onde haja um espaço para poder apreciar o aparelho e seu desempenho. Finalmente, é fazer as contas e escolher o melhor custo-benefício.

Que, aliás, não deve ser confundido com “susto-benefício”.

9 thoughts on “Como comprar um TV (8)

  1. Olá, Orlando!
    Gostaria de, se possível, ter mais informações sobre a quantidade de cores que os televisores apresentam, ou essa é mais uma característica que as empreas estão “escondendo na manga” para usarem como diferencial de seus produtos!?
    Petulâncias a parte, a quantidade cores que um TV consegue reproduzir está vinculada apenas ao filtro de cores (como nos LCDS) ou também depende de outros fatores, como processador de imagem e/ou taxa de contraste?
    Mais uma vez, obrigado pela atenção e parabéns pelo seu trabalho.

  2. Caro Marcelo, sinceramente não levou muito em conta essa história de quantidade de cores. Anos atrás, a Panasonic fez uma campanha divulgando que um de seus plasmas reproduzia 8 bilhões de cores, e até sugeria no anúncio: “Pode contar”. Lembra-se? Pois é, o que conta, na verdade, é a qualidade do painel de fósforo (no caso dos plasmas) e do painel de cristal líquido (nos LCDs). E, evidentemente, a qualidade dos processadores de vídeo utilizados. A taxa de contraste tem a ver com as gradações de cinza, ou seja, variações de preto e branco, não com as cores. Abs. orlando

  3. Orlando, interagir o conhecimento é algo que mutiplica a sabedoria.
    Precisamos de mais pessoas com vontade de aprender, em pouco tempo, recebi informação que irei utilizar para toda vida.
    Precisamos avançar, as tecnologia nos desafia a cada dia.
    Obs.Dinaldo Campos

  4. Caro Orlando, a respeito dessa questão dos TVs Full-HD, depois de muito meditar a respeito e, principalmente, examinar imagens em painéis de LCD e Plasma, cheguei a uma conclusão: em TVs cuja tela seja de até 42 polegadas, a diferença é mínima, principalmente em painéis de plasma. Pois é, acabei de comprar uma TV de plasma HD por conta disso. Acho que não valia pagar a diferença, pois, sinceramente, melhor ter uma TV HD de boa qualidade, com bons cabos e conectores, do que pagar uma diferença substancial e não ter ou não perceber essa diferença toda na imagem. Sei que tem gente que não pensa assim, mas confio no meu olho e fiquei satisfeito com a compra. Talvez no futuro faça o upgrade, mas, por um bom tempo, sei que estarei bem servido. Grande abraço.

  5. Orlando, escolher entre LCDs convencionais, LCDs LED e PLASMAs é uma tarefa difícil, por que as informações no Brasil são fracas e orgãos que podia exigir não fazem nada.
    Uma das grandes dificuldades é saber uma definição clara entre um contraste estático e um contraste dinâmico.
    Por algum conhecimento sabemos que o contraste estático é o que devemos levar em consideração, embora a mídia e os comerciais falam de contraste dinâmico.
    Seria induzir os consumidores para aquilo que não é real?
    Abs. Dinaldo Campos

  6. Olá Dinaldo, de fato a maioria dos fabricantes tem o hábito de divulgar números exagerados. E fazem isso baseados em pesquisas que indicam que realmente os consumidores se deixam influenciar. Você pode até não saber o que é contraste dinâmico, mas se disserem que o número é mais alto a tendência é acreditar que se trata de algo melhor. Isso não acontece apenas com eletrônicos. A solução é cada um procurar se informar mais antes de fazer uma compra. No caso específico, a diferença entre contraste dinâmico e estático está explicada no artigo cujo link faz parte do meu comentário, no final. Abs. Orlando

  7. gostaria de dizer que falta uma fiscalização seria em cima do controle de qualidade dos fabricantes. troquei em menos de 30 dias, 5 vezes a tv nova. passei por 3 sony, 1 philips e 2 lg. todas com problemas que um controle de qualidade não permitira que chegasse as lojas. é uma falta de respeito pelo consumidor. tornou em pesadelo o sonho de ter uma tv nova e melhor.

  8. Prezado Orlando, boa tarde!

    Como a maioria estou começando a cnsiderar trocar a velha TV de tubo pela novissima LED que, pela minha sensação foi a única que realmente trouxe algum benefício visível. Emfin, pela questão de assistir TV no claro (dia) por ter aqueles sistemas de gravação em HD externo e etc penso em uma LG Bordless 42″ e foi aí que me surgiu uma dúvida, a qual remeto aos seus conhecimentos para auxilio:

    Tenho visto TVs de 120Hz e de 240Hz. É o segundo melhor que o primeiro, pior, ou este “dado” está ligado ao tamanho de tela ou algo assim ??

  9. Caro Rodrigo, lei meu comentário do último dia 2: “Os novos recursos dos TVs”. Abs. orlando

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