Interessante a discussão que se abriu aqui neste blog nos últimos dias, a respeito do preço dos equipamentos eletrônicos e da carga tributária que incide sobre eles. É uma discussão muito útil para quem quer entender como funcionam as coisas neste País. Evidente que não são itens de primeira necessidade, mas servem para exemplificar como o contribuinte brasileiro é tratado pelos homens que ele mesmo coloca no poder.

Só mesmo alguém que nunca teve uma empresa, por menor que seja, pode achar que os altos preços que pagamos são obra da “ganância” de quem vende. A maioria dos que pensam assim deve ser a mesma que não hesita em passar a perna no vizinho, se for para levar alguma vantagem. Infelizmente, parece que essa é a regra, não a exceção. Os empresários (nem sei se cabe aqui esse termo) mais gananciosos que conheço são justamente aqueles que não perdem uma chance de sonegar.

Já fizemos no passado reportagens a respeito da carga tributária que incide sobre os eletrônicos – acho que já está na hora de voltar a tema, pois a toda hora criam uma novidade nesse campo. Como bem disse o leitor Carlos Alberto, a quantidade de itens que influencia o preço final de um produto – qualquer produto – vendido no Brasil é de assustar. Não espanta que a Apple até hoje não quis atuar diretamente aqui, preferindo licenciar revendas com a sua marca. O próprio Steve Jobs declarou que o sistema tributário brasileiro é uma piada…

Quando se fala em produtos importados, então, é uma loucura total. Quem quiser importar seguindo todas as normas legais, não apenas vai gastar muito, como também vai sofrer sérias dores de cabeça, por conta da burocracia envolvida. É a velha história de criar dificuldade para vender facilidade, tão típica de nosso país. Não se trata apenas de pagar, digamos, 500 dólares lá fora e vender aqui por 1.000 ou 2.000. A conta não pode ser feita assim. Sobre os mesmos 500 dólares incide uma cascata de impostos e tributos sem paralelo no mundo. Há ainda o custo da própria burocracia em si, com despachantes, contadores e outros profissionais.

E, se a empresa, além disso, quer honrar seus outros compromissos (inclusive o custo fixo com salários, aluguel, segurança etc.), acaba se vendo diante do impasse: ou vende pelo preço que for possível (afinal, ninguém pode trabalhar de graça), ou larga tudo e muda de país.

Aliás, vale a pena ler os artigos abaixo, que esclarecem muito a respeito:

Quanto mais Estado, mais corrupção

Fisco “blinda” grandes grupos em ano eleitoral

Estado expande poder e cria novos riscos

Um Simples Trabalhista

17 thoughts on “Quem sonega, nega

  1. Da mesma forma que as empresas gastão uma fortuna com advogados para descobrir meio de pagar menos impostos, nós consumidores temos que correr atrás com o que podemos: comprar em viagens, usar correios, ebay etc etc.
    Se nada fizermos e simplesmente pagarmos o preço chateados – oh a carga tributária, coitado dos empresários etc etc – nada contecerá e tudo fica como está.
    Particularmente não acredito nessa idéia que o preço é o que é devido exclusivamente a impostos. Existem outros fatos para provar que não somos respeitados: exemplo discos bluray vendidos aqui capengas, ou seja, sem extras trilhas e audio etc. Isso, pelo minha ignorância tributária, não encareceria o imposto.

  2. Me desculpe Orlando, mas tenho loja, pago impostos, gero empregos e detesto governos populistas que dependem de impostos para governar e depois ainda culpam a classe empresarial quando as coisas vão mal. Não passo a perna nos vizinhos, acho o governo ganancioso também e os deputados e senadores escolhidos por mim, ou trabalham ou não voto mais neles. É o máximo que consigo fazer. Mas como revendedor acho que os distribuidores são tão gananciosos quanto o governo. Desculpe se a maioria é seu cliente e anuncia em sua revista (espero que você tenha bom senso em publicar minhas criticas contra eles). Alguém argumentou aqui que nossos distribuidores têm custos de pessoal, custo de logística, propagandas e muita coisa mais (As empresas dos EUA não tem este custo?). Mas como explicar para um cliente que um receiver Onkyo 308 oferecido aqui por 1890 Reais (cliente final) custa na Bestbuy 500 Reais (299,98 Dolares)? A carga tributaria em cadeia ficam em torno de 100%. Se uma loja lá cobra 500, deveria aqui cobrar 1000. Dentro destes 500 está sendo calculado, custo do produto e todos os custos operacionais, lembrando que o imposto aqui é calculado sobre o custo que é menor que os 500 Reais de venda na loja lá. Pois vamos ver agora o lado da revenda: O distribuidor divulga aos 4 ventos o preço sugerido, induzindo o mercado a estar disposto a pagar no máximo 1890 Reais por este produto. Ninguém leva sem desconto e na melhor das hipóteses ele é de 5%, fazendo que seja vendido por 1795 Reais. Compra por 1232 (no máximo 3% de desconto) ou 1195. “O lojista está ganhando 600 Reais e reclama?!”, diriam os leitores! Com substituição tributaria sobre o custo (que chega a 18% em alguns estados) e Simples nacional (próximo a 10% do valor de venda) teríamos a margem da revenda = 1795 – 1195 – 215 (ST) – 179 = 206 Reais e ainda paga o frete (que pode chegar a 100 Reais conforme a região. Olha o esforço para convencer alguém a comprar por 1890 Reais um produto que custa lá 299 Dolares e ganhar pouco mais de 100 Reais!!! Um detalhe: Não conheço dono de distribuidora pobre!!! Pergunto: Quem é o ganancioso e quem é o trouxa? Quem está enriquecendo quem?

  3. Olá Adamastor, obrigado pela mensagem. Aproveito para responder também a outros leitores que trataram desse tema. Primeiro, um esclarecimento: temos clientes revendedores, distribuidores, fabricantes etc., então o que comentamos aqui nada tem a ver com nossas relações comerciais. Já criticamos várias vezes algumas empresas que são anunciantes, ou seja, esse problema não existe para nós. O comentário sobre tributação vale não só para o setor de eletrônicos, mas para a economia do País em geral. Tente comparar o preço de um carro nos EUA e no Brasil. Ou de um perfume. Ou de um relógio, brinquedo, bebida, comida, enfim, qualquer item. Até o suco de laranja que produzimos no interior de São Paulo é mais barato em Miami do que aqui! A revista inglesa The Economist criou até o “Índice Big Mac”, que calcula o preço do sanduíche em vários países para comparar o custo de vida. Adivinhe onde é mais caro? Não se trata de mais ganância ou menos ganância. Numa economia aberta, quem não sabe praticar preços competitivos acaba sendo excluído do mercado. Qualquer empresário sabe disso. Sim, há os inescrupulosos, mas isso existe em todos os segmentos, certo? O único que é sempre ganancioso é o governo. É contra isso que, acho, temos que lutar. Se não, ficamos nessa conversa mole: o consumidor acha que o lojista está roubando; o lojista põe a culpa no distribuidor; este culpa o fabricante; e por aí vai. É muito mais fácil, mas com isso não chegamos a lugar nenhum. Se meu fornecedor aumenta demais o preço, procuro outro. E, se ele não aceita baixar o preço, é porque alguém está concordando em pagar. Enfim, se você, como eu e tantos outros que conhecemos, paga seus impostos, lamento mas não fazemos mais do que a nossa obrigação como cidadãos. Abs. orlando

  4. Ao comparar o preço de um carro nos EUA e no Brasil, caímos no mesmo pensamento do Adamastor. Lá custa 40 mil Dolares (68 mil Reais, considerando custos e lucro da revenda) e aqui custa 200 MIl Reais. Se o imposto cobrado pelo “ganancioso” governo é de 100%, quem ficou com os 64 mil Reais que sobram na conta? Frete?! Logistica?!

  5. Adamastor,

    Não te conheço mas quero parabeniza-lo pelo seu comentário. Tb tenho uma Empresa revendedora atuando no Mercado de Áudio e Vídeo e concordo plenamente com seus cálculos e observações. Estou cansado de ser chamado de “ladrão” pelos meus clientes quando ofereço o receiver comentado. Alguns de meus Clientes estão comprando Onkyo pelo eBay e pagando entre 90% e 100% de impostos no recebimento do produto pelo correio. Dessa maneira (oficial!!) o valor final pago fica em em exatos 50% do valor sugerido de venda pelo distribuidor oficial. Tb pergunto: quem é que está realmente ganhando dinheiro nessa cadeia? Será que um dia os revendedores se unirão para importar produtos em parceria e fomentar nossos negócios?

  6. “O governo FHC havia saneado estatais e bancos e introduzido regras técnicas e de mercado para seu funcionamento. O governo Lula repolitizou tudo. Com as consequências que já vemos por aí. Se conseguiram estragar os Correios – com ineficiência e corrupção -, por que não conseguiriam estragar a Petrobrás ou a Caixa Econômica Federal?

    É isso aí: nessas atividades econômicas, quanto menos Estado, melhor. Deixem nas mãos dos empreendedores privados. São mais eficientes do que os amigos do rei. E não roubam.”

    Tirei isso de outro post, no seu espaço. Interessante a Home deixar de lado audio e video pra tentar eleger o Serra. Não roubam? E o Paulo Preto? AS empreteiras do roboanel são estatais? São privadas e pagam caixa 2 aos tucanos. Como disse Mino Carta este fim-de-semana, “às favas com a verdade”, né Orlando?

  7. Olá Giovanni, o comentário citado está num artigo do jornalista Carlos Alberto Sardenberg, publicado no Estadão e republicado aqui. A única coisa com a qual não concordo é a última frase – a de que empreendedores privados “não roubam”. Claro que roubam, estamos cansados de ver. O problema é quando roubar vira uma política de governo, institucionalizada, para beneficiar os grupos que giram em torno do poder. Aliás, já que você tocou nesse nome, o sr. Mino Carta é um dos grandes beneficiários dessa política. Mas você está enganado. Aqui, não faço campanha para ninguém. Muito menos nossa revista está deixando de lado áudio e vídeo. Ou você não entende o que lê, ou está mesmo fazendo provocação. Isto aqui é um blog, assinado por mim, bem diferente da revista, que tem outra finalidade. Aqui, posso dar minha opinião sobre qualquer assunto – pelo menos enquanto estivermos numa democracia. Não tenho nada a ver com Serra nem com qualquer outro candidato, mas se você tem provas do que está dizendo pode publicar à vontade. Não deixe para fazer isso apenas em época de eleição. Abs. Orlando

  8. Não me leva a mal Giovanni, mas o discurso petista de que “mas os outros também roubam” não cai bem nesta discussão. O assunto aqui não é político partidário.

  9. Interessante como o PT sempre planta um mujahedim nos espaços democraticos para politizar os assuntos! Depois chamam de PIG os jornalistas quem os chamam de polvos!!!

  10. Os marketeiros do PT programam seus soldadinhos com palavras curtas (Paulo Preto neste caso) e eles obedientemente se infiltram em todos os espaços, repetindo as ordens, sem menos saberem se é verade ou mentira. O que importa é que seja repetido 1000 vezes até que a mentira vire verdade.

  11. vejo ai muitos empresarios enher a boca pra dizr que paga muito imposto, só que eles apenas repassa e quanto repassa, quem paga mesmo é o consumidor,tendo o empresario repassado ou sonegado, ai eu pergunto ate quando vamos ficar nessa situação ridicúla?

  12. Orlando, deixando a política de lado e voltando ao tema principal, vi a notícia de que a Best Buy está pensando em se estabelecer aqui no Brasil. Duvido que terão coragem para isto! Com o nosso sistema de pagamento de impostos em cascata, com a substituição tributária (pagamento antecipado do ICMS sobre lucro arbitrado) e a NF eletrônica, duvido que compareçam por aqui. Aqui no Brasil, ou a empresa é monopolista ou oligopolista e consegue impor seu preço ou o empresário médio e pequeno tem de sonegar para sobreviver. Quam não tem preço para competir no mercado não sobrevive e se um negociante vende mais barato porque sonega, não há outra maneira de competir com ele a não ser seguindo suas táticas. Todo comerciante que conheço sonega, ou muito ou pouco, mas sonega! Voltando ao Best Buy, a Radio Shack já se estabeleceu no Brasil no início dos anos 90 e não durou nem um ano. Não aguentou a carga tributária e se mandou para nunca mais voltar. Quem não se estabelece em Manaus para importar com isenção, dificilmente tem preços competitivos no mercado. A Harman Kardon vai passar por maus bocados se não estabelecer umpont de apoio em Manaus. Lá, a maquiagem para nacionalizar se chama de “processo produtivo básico” que resulta na eliminação dos pesados custos de importação que as empresas de fora da região têm de arcar.

  13. O que o Alberto falou acima está completamente fora da realidade. Quem impõe o preço de um produto que sofre pesada concorrência não é o comerciante e sim o mercado. Se o modelo do Onkyo (produto com inúmeros similares) custa mais de R$ 1.800,00 é porque o mercado aceita pagar. Quem não aceita compra direto do fornecedor lá fora. Qualquer um pode importar, a lei não é restritiva, só que o preço declarado sofre de 100 a 130% de adicional entre impostos e trâmites burrocráticos, isto mesmo, de burro!

  14. O vai acontecer com a Best Buy caso decida mesmo vir para o Brasil? Terá o mesmo destino do Walmart, ou seja, vai praticar os mesmos preços que hoje as pessoas consideram abusivos nos equipamentos de áudio e vídeo. Quando a rede Walmart se estabeleceu no Brasil diziam que ela acabaria com as redes Extra, Carrefour, Pão de Açúcar, etc, pois trabalhava com vendas promocionais a preços imbatíveis pela concorrência, como ocorre nos EUA até hoje. Vemos que isto não ocorreu pelo número insignificante de lojas do Walmart no país, quando comparado às grandes redes. O Walmart, mesmo sendo administrado por americanos, que não são gananciosos como os brasileiros, teve que se adaptar ao Mercado Brasileiro seguindo as leis e as regras tributárias vigentes. Eles não conseguem praticar aqui as políticas de venda com preços muito baixos que praticam nos EUA, pois o “custo país” aqui é muito maior que o de lá. Se as pessoas afirmam que os preços de produtos importados praticados pelas distribuidoras são abusivos aguardem os preços da Best Buy. Veremos se os preços serão de “apenas” 100% dos valores praticados nos EUA, como imaginam algumas pessoas.

  15. Não sou distribuidor de produtos de áudio e vídeo, mas trabalho há mais de 15 na área de importação de equipamentos eletrônicos. Por experiência sei que e preço de venda no Brasil não pode ser apenas calculado aplicando-se 100% sobre o preço nos EUA, caso se trabalhe de forma LEGAL. Com relação a importação direta de produtos pelos consumidores finais (com carga tributária em torno de 100% calculado sobre a soma do preço pago + o frete) a Portaria MF nº 156 da Receita Federal (http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Portarias/Ant2001/1999/portmf015699.htm) descreve no Art. 4 que as empresas NÃO podem utilizar o modelo de Importação de Bens Via Remessa Postal para revender produtos no Brasil. Embora algumas empresas o façam este processo é ILEGAL! Vale lembrar que a garantia do produto, neste caso, é válida apenas no país de origem. O Adamastor nos deu um exemplo da venda de um Receiver que custa R$ 1890 para o consumidor e “sobra” para ele apenas R$ 100. Na realidade não deve sobrar nada, pois nas contas que ele apresentou ele não incluiu os custos para manter a empresa em funcionamento (salários/encargos, luz, água, telefone, aluguel, IPTU, Internet, entre muitos outros). Lebrem-se que todos estes custos operacionais, que devem ser incluídos nos preços, são muito menores nos EUA. Quantos Receivers ele teria que vender para pagar todos estes custos? Por isto que quanto menos unidades são vendidas, mais os custos fixos influenciam no valor do produto. Isto vale para revendedor, distribuidor ou importador. Novamente afirmo que não estou defendendo aqui os distribuidores e sabemos que, em todas as áreas, existem empresários que sonegam, que possuem margem de lucros elevadas, e fazem todo o tipo de maracutáia para pagar menos impostos. Os que decidem trabalhar dentro da lei SEMPRE terão preços maiores.

    O fato é que se os consumidores acreditam que a montanha de impostos que estão pagando para o governo (já batemos os 2 Trilhões de Reais este ano) está sendo bem aplicada e não é a real causa dos preços elevados praticados no Brasil então vamos bater palma o governo. Para os que não têm esta opinião resta exigir do governo que ofereça um serviço MIL estrelas aos contribuintes, que é o que estamos pagando, ou que reduzam os impostos significativamente para se igualar o custo aos atuais serviços prestados. Precisamos decidir em que tipo de país queremos viver. Se um empresário precisa “maquiar” importações, sonegar impostos, ou cometer qualquer tipo ilegalidade para sobreviver e o consumidor acha isto NORMAL porque o produto sai mais barato então o futuro está totalmente comprometido e jamais seremos um povo desenvolvido. Salve-se quem puder!

  16. Enquanto distribuidoras, lojas e governo se acusam, faço o que acho ótimo: compro no ebay: feliz e sem ressentimentos.

  17. Carlos Alberto concordo contigo no que se refere a carga de impostos e onde o governo aplica-os. Como importador de SC gostaria de exemplificar sobre um amplificador HIGH END que nos Estados Unidos é vendido ao consumidor por 2.600,00 USD. Este valvulado de 33 Kilos custa na fábrica 970,00USD ,vamos ver por quanto ele chegaria de forma legal ao Brasil. Custo do produto 970,00 USD + Frete 150,00=1.120,00USD(este frete é via navio se for avião esqueçam)I.Importação 20% 224,00 USD + 1.120,00=1.344,00, PIS/COFINS 9.3% 125,00 USD +1.344=1.469,00 I.P.I 18% 264,00 +1.469,00=1.733 USD, DESPESAS PORTUÁRIAS 7% 121,00 + 1.733,00= 1.854,00 USD , ICMS (BASE DE CALCULO 2.169,00 X 17%=368,00 USD TOTAL ACUMULADO até agora 2.222,00 USD o AMPLIFICADOR está nacionalizado com quase 100% sobre seu custo original (incluindo frete). É o momento de vender para uma revenda, vamos colocar uma margem de 50% (não vamos aplicar aqui a ST. Pois em alguns estados não existe) 2.222,00 x 50%=1.111,00 USD total do produto para venda 3.333,00 USD. Vamos calcular os impostos da diferença (1.111,00) ICMS 189,00 USD, PIS /COFINS 103,00 USD, I.P.I 200,00 USD . Portanto o lucro será de 619,00 (aqui não está computado custo operacional algum,comissões , nem o fator financeiro pois os pagamentos são antecipados até 90 dias). Neste momento a revenda já pode vender o produto para o consumidor digamos que ele também vai colocar 50% sobre o valor de sua compra 3.333 USD x50%=1.666,50 USD que dá um total final de 4.999,50 USD. Quanto que era mesmo o valor do amplificador nos Estados Unidos????(mesmo que se coloque 10% de imposto Americano ,o produto iria para 2.860,00 USD.) A revenda também terá seus custos na hora da venda com ST ou não. Realmente é difícil de importar, pior ainda revender. É lógico que todos estes impostos é o consumidor que paga, mas a empresa é a responsável arrecadadora e neste caso é tudo pago antecipado ou seja quando o produto é nacionalizado. Só pra vocês terem uma idéia ,entre importação e a primeira venda para a revenda os governos federal e estadual juntos arrecadaram 1.473,00 USD, de uma venda de 3.333,00 USD e que o produto teve um custo de 1.241,00 USD (incluindo frete e despesas portuárias) o importador que pagou tudo antecipado inclusive os impostos teve 619,00 USD de lucro. É puro milagre sobreviver num País desse. Os cálculos da venda ao consumidor eu deixo com vcs.

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