Reportagem do Estadão neste fim de semana confirma o que temos visto por aí: os preços dos eletrônicos em geral seguem em queda, à medida que se aproxima a temporada de Natal. Como se sabe, números não mentem, embora possam ser manipulados. Neste caso, o único detalhe que não bate é: por que os preços continuam caindo se o mercado está, como gostam de dizer os investidores, “comprador”? Mistério.

Em todo caso, os dados levantados pelo jornal e pela empresa de pesquisa de preços Shopping Brasil são incontestáveis. Analisando oito produtos – cinco modelos de TV e três de câmeras digitais – a conclusão é que, em um ano, houve redução média de 49%, ao contrário da linha branca, por exemplo, que teve aumento de 9%. A pesquisa se baseou em informações de 476 revendedores (não diz quais) em vários pontos do País. E mais: a previsão é de que produtos de áudio e vídeo serão as estrelas do Natal, com aumento de 15% sobre as vendas do final de 2009.

Nenhum dos entrevistados admite que a queda do dólar esteja influenciando esse fenômeno. Preferem atribuir ao aumento do crédito e dos prazos de financiamento. Mas não dá para deixar de reconhecer que o fator mais importante é o maior poder aquisitivo de boa parte da população: só neste mês, com a parcela do 13° salário que será paga, mais de R$ 60 bilhões devem ser injetados na economia. E, com dinheiro no bolso, ninguém resiste a uma bela imagem em alta definição.

4 thoughts on “E os preços continuam caindo…

  1. Mais um caso para exemplificar nossa discussão sobre gananciosos x burros x trouxas! Receiver estéreo da Sherwood: Mais um distribuidor que insiste em divulgar “preço sugerido”, no caso a Chiave de Santa Catarina e fomentar a guerra entre revendedores cada vez mais famintos. Sugerido = R$ 997,00. Dá 32% de desconto para a revenda (poxa, o cara está ganhando tudo isto e reclama do distribuidor?!). Pagamos para ele R$ 678 (se for pagamento antecipado) e “o resto é nosso!!! Para começar, se oferecer a 997, ninguém leva sem no mínimo 5% de desconto, ficando por 947,15 ou arredondado para 940. Se oferecer por mais, não vende pois sempre terá uma revenda desesperado, precisando pagar as contas e vender por no máximo 997. Aqui no meu estado pagamos 17% de substituição tributária, o que significa que não vai para transportadora sem pagar R$ 115,26 e o frete é sempre por conta de quem compra (de 50 a 100 Reais, dependendo da transportadora. Vamos considerar 50 Reais). Sendo assim, batalhei para vender um receiver por de 997 por 940 Reais, gastei no mínimo 843,26 para receber o produto, sobrando R$ 96,74 ou menos de 10% do preço sugerido. Se fechar por menos, não ganha nada, se oferecer por mais ninguém compra, pois alguém sempre venderá por menos que você. Existem duas soluções: Não vender mais os produtos dele ou trazer do Paraguai. Se todos refletissem antes, não chegaríamos a extremos. A minha solução é os distribuidores pararem com divulgação de sugeridos tão baixo ou selecionarem melhor suas revendas. Saudades da nossa ABEAV, que acabou tomada por gananciosos!!!!

  2. Sou novo no mercado, mas em pouco tempo já percebi que a frase do Adamastor reflete uma necessidade urgente para nosso mercado. “A minha solução é os distribuidores pararem com divulgação de sugeridos tão baixo ou selecionarem melhor suas revendas”. A questão parece não ser o preço, se é alto ou baixo e se dá lucro ou não. Isto é uma relação entre o lojista e o consumidor final. O problema na relação entre especializado e distribuidor é, em primeiro lugar onde seus produtos estão sendo vendidos, se é por gente qualificado ou aventureiros e principalmente porque alguém tem que impor o preço máximo cobrado por um produto? Divulguem o custo só para suas revendas e que cada um aplique a margem que quiser. Se alguém está cobrando 2000 Reais por um produto e outro cobrando 1000, o consumidor vai desconfiar e o de 1000 que tenha talento apra convencer o cliente que é tão bom quanto o de 2000 e o de 2000 que justifique porque o dele é ais caro. Agora se todos cobram 1500 e apenas um cobra 2000, este vai ficar com fama de ladrão, mesmo que tenha um investimento grande em showroom e pessoal especializado.

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