Ainda a propósito do tema “empreendedores”, que comentei aqui ontem, gostaria de observar um fenômeno que já foi detectado por várias pessoas no segmento de projetos e sistemas residenciais. Há uma nova geração de profissionais, na faixa entre 20 e 30 anos, que tem mais facilidade para se adaptar às mudanças tecnológicas. Muitos deles, até, encaram sua entrada nesse mercado com uma visão mais ambiciosa do que se via anos atrás. Querem empreender, no melhor sentido da palavra, e sabem que para isso não bastam os conhecimentos técnicos aprendidos na escola; é preciso uni-los à experiência prática, com uma boa dose de ousadia e criatividade.

Temos encontrado alguns deles, por exemplo, durante o Programa de Certificação “Home Expert“, que a revista HOME THEATER & CASA DIGITAL iniciou em março, com patrocínio da Yamaha do Brasil e apoio da Aureside, e que se estenderá até novembro. A idade média dos participantes não passa dos 30 anos, o que revela duas coisas: primeiro, que está acontecendo uma renovação no setor (muitos deles já trabalham na área); e, segundo, que os profissionais mais antigos não sentem necessidade de se atualizar tecnicamente (ou não conseguem fazê-lo). Conversando com essa moçada, percebe-se a ânsia de aprender, aquela curiosidade típica do jovem, que nesse caso vem acompanhada de um elemento essencial – todos são, também, usuários das tecnologias que precisam entregar a seus clientes e, portanto, encontram mais facilidade para incorporá-las aos seus projetos.

Evidentemente, nem todos serão bem-sucedidos. O mercado – assim como a vida – encarrega-se de fazer uma “seleção natural”, e pode ser que alguns desistam no meio do caminho. Mas o primeiro passo, que na maioria dos casos é o mais importante, já foi dado. Em vez de criticar uma realidade aparentemente hostil, eles querem descobrir as oportunidades quem sabe não aproveitadas por outros. E é bom lembrar que no grupo há quarentões que também devem estar enxergando essas possibilidades.

Parafraseando o ex-presidente Juscelino Kubitschek, com essa atitude esses profissionais podem até errar; mas os que se acomodarem já começam errando.

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