Enquanto na maioria dos outros países a política da Sony agora é enxugar custos e focar em determinados segmentos, no Brasil parece que a estratégia é bem diferente. Não pude estar no evento promovido pela empresa na última sexta-feira, mas as novidades anunciadas mostram que a ideia não é tirar o pé do acelerador, muito pelo contrário.

Por partes. No Japão, a Sony anunciou que desfez sua joint-venture com a Sharp para fabricação de displays LCD de última geração. Vendeu sua parte no negócio e, com os US$ 126 milhões obtidos, tentará colocar nos trilhos as contas, afetadas por mais um ano fiscal de prejuízos (cerca de US$ 5,7 bilhões). Segundo o site CIO-Asia, a Sony pretende agora adquirir os painéis prontos, de fornecedores chineses, dentro da linha adotada pelo novo CEO, Kazuo Hirai. “Agora é a hora da mudança para a Sony”, anunciou Hirai ao assumir o cargo, em abril, explicando que uma das novas propostas é se concentrar em menor quantidade de produtos e, sempre que possível, terceirizar a fabricação, ao estilo dos fabricantes americanos.

Mas em São Paulo, na semana passada, o discurso foi bem outro. Hirai falou pouco, mas não economizou elogios ao Brasil e ao seu potencial de crescimento. Não era para menos: a Sony cresceu 24% no país no ano fiscal encerrado em março. Somando com 65% de crescimento nas vendas em 2010, disse ele, o Brasil saltou do 17° para o 4° lugar no faturamento global da empresa. “Estamos crescendo no Brasil mais do que em qualquer outro país”, comentou Hirai. “A Copa do Mundo e as Olimpíadas vão impulsionar o mercado de eletrônicos de consumo para a casa dos dois dígitos”.

Em seguida, anunciou que o investimentos programados para o país somam R$ 500 milhões até 2014, sendo R$ 180 milhões só neste ano. Em seguida, anunciou que o investimentos programados para o país somam R$ 500 milhões até 2014, sendo R$ 180 milhões só neste ano (mais detalhes aqui e aqui).

3 thoughts on “A Sony, lá e aqui

  1. Espero que a Sony lance o sucessor da HX-925, 65″, o mais breve possível.

  2. O presidente da Sony deveria ser realista quanto a situação brasileira econômica atual. Aos poucos acaba a festança do consumo por meio de endividamento no brasil. Hora de por as coisas no seu devido lugar.

  3. Com toda essa mudança, tomara que a Sony não deixe cair a qualidade de seus equipamentos, principalmente as TVs. “Agora pretende até adquirir painés prontos de fornecedores chineses”.
    Ela não pode se esquecer que sua marca, pelo menos aqui no Brasil, é sinônimo de qualidade que a diferencia das outras marcas.

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