Pelas informações disponíveis, as vendas de eletrônicos no final do ano decepcionaram tanto lojistas quanto fabricantes. Ainda não saíram os dados oficiais, mas a expectativa de chegar a 13 milhões de TVs vendidos não se concretizou. Outra má notícia é que caíram as vendas de celulares, assim como as de computadores (destas, já se sabia). O único item que realmente está crescendo entre os eletrônicos é o tablet, o que também não chega a ser novidade.

Com certeza, está pesando o fator inadimplência: muita gente acumulou dívidas nos últimos três anos, e agora a corda está apertando. Se o governo quiser mesmo incentivar o consumo, vai ter que continuar “distribuindo dinheiro” (via Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal etc.) por mais um bom tempo. Até quando?

Mas um fator que, a meu ver, também deve influenciar muito as decisões de compra de eletrônicos é o acesso ao mercado externo. Nem vou falar de contrabando. A quantidade de brasileiros viajando tem aumentado de forma inacreditável, como demonstram os congestionamentos e tumultos registrados nos aeroportos. O turista brasileiro é atualmente o que mais consome quando viaja, dizem as estatísticas, e isso, é claro, tem a ver com status, mas também com a desorganização dos preços. Hoje, pode-se facilmente fazer comparações pela internet. E em praticamente todos os itens (não apenas eletrônicos) vale mais a pena comprar lá fora.

De novo, cabe a pergunta: até quando?

Para quem quiser entender um pouco melhor essa situação, recomendo estes artigos:

Inconsistências da política econômica

Negócio x mercado

Retrocesso nas finanças federais

 

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