waste_to_energyToda vez que converso com um especialista em projetos eletrônicos, surge a questão da economia de energia. Seria (na verdade, é) um dos principais benefícios que o usuário pode usufruir ao investir em novas tecnologias para sua casa. E, no entanto, poucas pessoas parecem estar levando isso a sério.

Vejam este dado: os países em desenvolvimento (sim, apesar do que dizem o governo federal e seus bajuladores, o Brasil ainda é um deles) são o destino de 80% de todo o lixo eletrônico produzido pelos países desenvolvidos. O número está num relatório divulgado há poucos dias pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), diz o site Inovação Tecnológica. Países como China, Índia e vários da África são receptores, por vias ilegais, de toneladas de aparelhos descartados no Primeiro Mundo. Simplificando: contrabando de lixo eletrônico. Como nenhum país pobre possui política de reciclagem adequada (alguns ricos também não), partes desses aparelhos acabam contaminando rios, lagos e mares, além de provocar doenças as mais diversas.

Sim, e o que isso tem a ver com projetos eletrônicos residenciais? Simples: um país que adota uma política ambiental inteligente recicla devidamente seu lixo eletrônico e orienta seus cidadãos a utilizar melhor a tecnologia e, portanto, a consumir menos energia. É impressionante a quantidade de recursos já disponíveis, inclusive no Brasil, para propiciar o monitoramento e controle do consumo. Só que pouca gente sabe disso. E, quando o governo como um todo pouco se lixa para o tema (vide a aprovação do último Código Florestal, as construções ilegais e as montanhas de lixo espalhadas pelas ruas das grandes cidades), perdem-se inúmeras oportunidades de avançar nesse campo.

Estou falando do Brasil, mas o problema não é exclusivo de nosso país. Um estudo divulgado esta semana nos EUA alerta para um levantamento preocupante: entre 1.000 consumidores entrevistados, somente 30% sabem o que é um medidor inteligente de energia, e apenas 25% sabem que esse aparelho já está à venda! Sim, 63% dizem se preocupar com seus gastos de energia, mas a maioria pouco faz a respeito.

Nossos netos e bisnetos é que vão pagar por isso.

1 thought on “Energia inteligente, usuários… nem tanto!

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