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Começou hoje a Expo e Congresso NEOTV 2013, que até quinta-feira irá reunir em São Paulo as médias e pequenas operadoras de TV por assinatura e banda larga. Embora tenha poucos expositores (40), foi interessante caminhar pelos corredores do evento e constatar o entusiasmo desses empreendedores. Nota-se que alguns, embora já estejam no mercado, ainda têm dificuldades para entendê-lo como “negócio”, principalmente quando precisam lidar com terminologia técnica. São pessoas simples e discretas (a maioria), mas querendo aprender mais sobre as novas mídias e, ao mesmo tempo, sobre administração, legislação, marketing etc.

Os expositores são principalmente fabricantes de equipamentos para televisão e redes, além de fornecedores de software para gerenciamento e distribuição de conteúdo. Conversando informalmente com alguns deles, foi possível notar que são muitas as dúvidas sobre como esse mercado irá evoluir nos próximos anos. Há entre os especialistas uma sigla que ao mesmo tempo encanta e assusta: CDN (Content Delivery Network), identificação genérica das redes que existem em toda operadora. Essas estruturas vão se tornando mais complexas à medida que se agregam novos serviços, como no caso das empresas de TV paga que estão adicionando a oferta de banda larga e/ou telefonia (ou vice-versa). Dominar a arte de gerenciar a enorme quantidade e variedade de conteúdos disponíveis – dos programas de TV aberta, alguns ao vivo, aos milhares de filmes, games, aplicativos etc. – e saber como, quando e a quem entregá-los é o grande desafio do segmento.

No Brasil, temos ainda dois outros desafios, tão complicados quanto: empreender em meio às armadilhas que o governo nos cria a todo momento; e entender as mudanças de hábitos e preferências do consumidor com a ascensão social de milhões de famílias que até pouco tempo sequer sonhavam em ter TV por assinatura ou internet em casa. Por sinal, hoje, na abertura do Congresso NEOTV 2013, foi apresentada uma pesquisa sobre o crescimento da classe média, da qual falaremos nos próximos dias.

É de se admirar o esforço de quem tenta enfrentar esses obstáculos. Para quem quiser saber mais detalhes sobre o evento, sugiro uma visita ao site oficial.

1 thought on “Em tempo de novas mídias

  1. Traduzindo: canais como a Globo News ou a Band News não são canais de espaço qualificado porque suas programações são jornalísticas. A Record News, embora seja um canal de notícias, tem uma outra classificação, a de geradora ou retransmissora, uma vez que sua base é uma concessão de TV aberta em Araraquara, interior de São Paulo. Canais esportivos, tipo ESPN e Sportv, e canais de televendas ou que exibam programas de auditório no horário nobre, também não são canais de espaço qualificado. Eles não são computados para fins de cálculos de cotas.

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