A uma semana da ABTA 2013, principal evento do mercado de TV por assinatura, que acontece em São Paulo nos próximos dias 6 a 8 de agosto, uma enxurrada de notícias – algumas boas, outras nem tanto – chegam do setor. Coletando dados para a edição especial da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL que irá circular no evento, fizemos um filtro nessas informações.

Interpretando o último balanço da Anatel, de maio, fontes do mercado apontam a coerência entre a queda nas vendas de assinaturas e a situação econômica do país. Ao mesmo tempo em que a inflação sobe, cresce também a inadimplência: muita gente que havia realizado um de seus sonhos de consumo – tornar-se assinante de TV – teve que recuar diante das dívidas acumuladas na compra de outros bens. Com isso, dificilmente teremos este ano a repetição do crescimento na casa dos 30%, que vem desde 2010. Devido ao problema com a Sky, o número total de novos assinantes em maio caiu, em vez de subir (35.260 a menos); e, na soma dos cinco primeiros meses do ano, foram 150 mil a menos do que em 2012. Resultado: 4,6% de expansão, o que projeta para algo em torno de, no máximo, 20% até dezembro.

Outro fator que deve estar pesando é a indefinição da Vivo/Telefônica, que parece ter tirado o pé do acelerador em relação à TV por assinatura. A empresa não se manifesta oficialmente; numa rara entrevista, o diretor-geral da operadora, Paulo Cesar Teixeira, disse ao site Pay-TV que a ideia agora é concentrar esforços na praça de São Paulo e admite ter perdido assinantes desde o ano passado. Estrategicamente, isso está na contramão de todas as demais do setor, que focam na TV por satélite para fora dos grandes centros.

Enquanto isso, seu maior concorrente, o grupo mexicano América Móvil, divulgou esta semana o balanço do ano até agora, só com números positivos. A receita com TV paga subiu 22% no segundo trimestre, e a de celular, 17,8%. O trio formado por Embratel (telefonia fixa e TV por satélite), Net (cabo, telefone fixo e banda larga) e Claro (TV e celular) cumpre assim o que foi determinado por Carlos Slim, principal acionista do grupo, de buscar a liderança em todos esses segmentos. Para isso, falta definir apenas como se dará, na prática, a integração entre as três empresas, prevista para este ano (todos os assinantes teriam uma conta única e ganhariam benefícios para utilizar os quatro serviços).

1 thought on “TV paga: mercado esquentando

  1. A tecnologia contratada pela Oi é de última geração, e uma das mais avançadas em termos de transmissão via satélite. Com o lançamento, novos serviços na área de pay-per-view e interatividade vão passar a ser oferecidos. Um novo set-top box (decodificador) será lançado pela Oi TV para a recepção do sinal, ampliando a capacidade de interação dos assinantes com o serviço.

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