Ainda não há um balanço oficial das vendas propiciadas pela já famosa Black Friday. Talvez nem haja. Como se previa, as promoções continuam e devem ir até o início de janeiro; na semana entre Natal e Ano Novo, há uma pausa, mas logo vêm as “liquidações”, quando muitas vezes os preços são ainda mais baixos.
Mas o que já se sabe é que os TVs de tela grande estão no topo das listas de compra de boa parte dos consumidores. Não me refiro aos modelos gigantes, como os de 105 polegadas que acabam de ser lançados por Samsung e LG, conforme comentamos aqui (vejam também este vídeo). Esses são para uma minoria. Mas a guerra de preços parece estar, mais uma vez, virando esse mercado do avesso.
Vejam o caso dos 4K. Modelos na faixa de 50″ já podem ser adquiridos por até R$ 2.800, em 10 parcelas, algo impensável há cerca de um mês. Com a chegada das novas linhas, que trazem algumas atualizações, e o estoque acumulado desde a Copa do Mundo, as redes de varejo não hesitam em cortar – certamente, de comum acordo com os fabricantes.
Não é um privilégio brasileiro. Segundo a consultoria DisplaySearch, nos principais mercados internacionais a corrida pelos TVs entre 40″ e 50″ é o grande fenômeno do mercado este ano. Consumidores que haviam adquirido seu último TV por volta de 2008 partem agora para a substituição, estimulada pelos preços convidativos. O mercado mundial de TVs como um todo cresce pouco (a estimativa é de apenas 4% em 2014), mas o de 4K está dando um salto de 500%. Sim, 500%! Vejam os detalhes aqui.
E com isso o LCD vai vencendo novamente mais uma batalha…
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Aí alguem argumenta: “isso vai mudar, as OLED estao caindo de preco”… É, Elsa, so que os precos das LED 4K nao ficam parados, eles tambem caem, e assim as LED vao mantendo-se mais baratas que os televisores OLED.
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Nao vai ser nada facil para o OLED ganhar esta guerra, so quando (e se) seu preço cair muito mais que os precos do LCD.
A TV Oled ainda está sendo uma tecnologia que só ganha em “qualidade” de imagem por ter uma gama maior de cores para o povo aficcionados em filme, perde na durabilidade para o LED, perde no consumo de energia que pra mim hoje em dia é um fator fundamental em qualquer tecnologia e perde no preço, resumindo só vejo desvantagem.
Se o OLED não evoluir e melhorar a durabilidade e consumo, a tendência é ser mais uma tecnologia condenada a morrer tipo o DCC ou o mini disc.
Orlando, tenho uma dúvida. Tvs 4K (independente de marca ou modelo) exibem conteúdo FullHD com qualidade inferior a uma FullHD?
Pelo que conheço do assunto, a tecnologia da TV OLED precisa resolver o problema da durabilidade do pixel azul que ainda possui tempo de vida inferior aos das outras duas cores, o que poderá comprometer a confiabilidade do produto no futuro, caso esse problema não seja resolvido logo. Outro grande problema para o fator queda de preço diz respeito à melhoria da técnica de produção que precisa, urgentemente, reduzir as perdas de painéis defeituosos que vem a ser o principal motivo que impede do preço da OLED se popularizar. Quanto ao consumo ele está compatível com o tipo de display que tem a vantagem de produzir seu próprio brilho, que melhora tremendamente o contraste e preto quase infinito, e amplia a visão lateral (até 178º), igual ao falecido e saudoso Plasma cujo consumo alto não passa de puro antimarketing, visto que no meu caso minha 65VT50b causou um aumento na minha conta CEMIG de apenas 6% para uma visualização de 9 horas diárias. O consumo do plasma só seria alto se ficasse ligado, permanentemente, exibindo a cor branca com todos os sub pixels acesos no máximo, e o mesmo ocorre com a TV OLED.
Olá, Oziel, obrigado pela msg. Os processadores de um TV 4K são mais avançados, e preparados para reproduzir Full-HD tão bem quanto. Não há relação entre as duas coisas. Se há problema na reprodução, é defeito daquele aparelho específico. Aliás, não faria sentido lançarem TVs 4K sem essa capacidade, já que a maioria das pessoas só assiste Full-HD. Abs. orlando.