BWFoi confirmada nesta terça-feira a venda da inglesa Bowers & Wilkins para uma jovem empresa do Vale do Silício, a Eva Automation. Fundada há apenas dois anos, essa startup cresce rapidamente, apoiada por um fundo de investimentos chamado Formation 8, especialista no setor de tecnologia. Até agora, não foram revelados números do negócio, mas Joe Atkins, hoje o principal acionista da B&W, já pensava no assunto desde o ano passado.

Uma das líderes no segmento de áudio high-end, a B&W sofre como todos os seus pares a concorrência dos chamados “fabricantes de plástico”, com sistemas portáteis de baixo custo. Fundada há quase 100 anos, a empresa relutava em entrar nesse campo e, com isso, decepcionar seus devotados fãs. “Vamos ter que explicar isso a eles”, diz Atkins. “Com o tempo irão perceber que essa era a melhor solução para a empresa.”

De certa forma, esse acordo marca uma inversão no mundo atual: uma empresa centenária, com cerca de 1.100 funcionários e sólida reputação, é adquirida por uma micro desconhecida e com estafe de apenas 40 pessoas. Só não é surpresa para os investidores. Gideon Yu, presidente da Eva, era diretor financeiro do YouTube quando este foi comprado pelo Google, negócio estimado na época em US$ 2 bilhões. Depois, trabalho também no Facebook; hoje, é um dos golden boys do Vale.

Segundo Yu, a ideia é aproveitar o prestígio de uma marca consagrada para crescer nos segmentos de áudio e multiroom. Ao site de tecnologia da Bloomberg, ele prometeu que a marca B&W será seu carro-chefe. Curiosamente, Yu e Atkins só se conheceram há cerca de um mês.

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