Em seu tradicional levantamento sobre as marcas mais lembradas do segmento, divulgado sempre nesta época do ano, o site americano CE Pro revela as preferências das 100 principais empresas integradoras do país. Sony (citada por 88% dos entrevistados), Samsung (83%) e LG (58%) são as três primeiras da lista, o que indica uma inversão: no ano passado, a Samsung liderava com 79% das citações, ficando a Sony em segundo com 74%; no anterior, a disputa estava 93% a 64% em favor da coreana.

Não é surpresa, diante do esforço da Sony USA para conquistar o segmento especializado. A empresa japonesa, embora não fabrique mais seus próprios TVs, é de longe aquela que mais investe no relacionamento com os integradores, que – lá como aqui – são os grandes formadores de opinião. A pesquisa 2017 CE Pro 100 Brand Analysis é importante porque a maior parte das empresas entrevistadas é, na verdade, formada por redes de lojas e/ou integradoras espalhadas por várias regiões. É, portanto, uma amostragem muito abrangente.

A queixa mais comum entre essas empresas refere-se à queda nas margens de lucro provocada pelo aumento indiscriminado do comércio online. A maioria dos fabricantes viu nisso uma chance para aumentar seus volumes de vendas, sem atentar para o problema da rentabilidade de seus parceiros. O CE Pro, que é uma espécie de “órgão oficial” do segmento, vocaliza essas preocupações. “Na prática, é essa rentabilidade que interessa”, admitiu um deles, Dave Workman, cujo grupo ProSource possui nada menos do que 600 integradores filiados.

Workman é um dos que mais elogiam a Sony por manter uma rede de representantes em todo o país para dar suporte às revendas especializadas, algo que os demais fabricantes ignoram. Vale lembrar que, no mercado americano, funciona muito o conceito de buying group, em que pequenas empresas se unem para negociar com os fornecedores e, assim, conseguem boas vantagens. Em troca, o fabricante lhes garante o chamado SPPG (suggested profit picture guideline), algo como uma tabela sugerida de preços e descontos que devem ser praticados.

Em tempo: no Brasil, a Sony mantém algo parecido, embora sem o mesmo alcance, por ora restrito a seus TVs top de linha. O programa chama-se Be Sony e neste momento abrange 20 revendas, a maioria em São Paulo. Os interessados podem conferir neste link.

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