LG, Philips e Sony são, por enquanto, os fabricantes que aderiram ao padrão Dolby Vision de TVs. No Brasil, até agora somente a primeira lançou modelos com essa compatibilidade, que significa um passo além do polêmico HDR (High Dynamic Range). Digo “polêmico” porque esse tipo de processamento, já explicado aqui algumas vezes (vejam este post), comporta variações não devidamente padronizadas. 

Já o Dolby Vision é um só, e por ele a Dolby cobra royalties, o que certamente afasta alguns fabricantes – Samsung e Panasonic, por exemplo. Sua principal vantagem sobre HDR é que a imagem é analisada quadro a quadro, através de metadados (informações codificadas que acompanham o sinal e que devem ser lidas pelo decoder dentro do TV). A especificação mais importante, no caso, é a chamada profundidade de cor (color depth), medida em bits. Em Dolby Vision, trabalha-se com 12-bit, o que se traduz em 20% mais gradações de cores.

Ainda não tivemos oportunidade de fazer um teste comparativo entre HDR e Dolby Vision, mas o site inglês Tech Radar se encantou com o padrão Dolby, descrevendo seu uso “mais puro” da luz, maior detalhamento e sutileza das cores. O problema é que, se há poucos conteúdos codificados em HDR, há menos ainda em D.Vision. As séries Daredevil, Luke Cage e Marco Polo são algumas opções do Netflix, para quem quiser conferir. 

Recentemente, foram lançados no mercado internacional os primeiros discos Blu-ray UHD com Dolby Vision, com títulos como Despicable Me 2 (Meu Malvado Favorito), La La Land e o excelente Hacksaw Ridge (Até o Último Homem). Curiosamente, apenas o player LG UP970 e os top de linha da chinesa Oppo (estes considerados os melhores do mundo) possuem decoder Dolby Vision. 

Para desconsolo de muita gente, não há perspectivas de lançamento do Blu-ray UHD no Brasil, embora essa continue sendo a melhor fonte de imagem (vejam aqui). O jeito é apelar para a internet.

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