Com ações em nove estados, foi divulgada na semana passada mais uma apreensão de equipamentos piratas. Pelos dados oficiais, foram cumpridos 11 mandados judiciais com bloqueio ou suspensão de 334 sites e 94 aplicativos de streaming ilegal. Esses endereços foram desindexados dos mecanismos de busca e seus respectivos perfis removidos das redes sociais (vejam detalhes aqui).
Trata-se, como já escrevemos aqui, de uma rede internacional de pirataria. Nessas ações mais recentes, os agentes brasileiros contaram com apoio de equipes das embaixadas dos EUA e Reino Unido, além da MPA (Motion Picture Association), que representa as produtoras americanas, da ABTA (associação das operadoras e programadoras de TV paga) e da Alianza contra la Piratería de Televisión Paga, entidade que atua em toda a América Latina.
Segundo a ABTA, o problema parece cada vez mais grave. Já são 33 milhões os brasileiros (27,2% dos usuários de internet com mais de 16 anos) que consomem conteúdos de TV paga por meios clandestinos, incluindo sites, apps e receptores vendidos ilegalmente. Vendidos onde? Pois é, a oferta na internet continua sem qualquer controle, apesar das ameaças da Anatel (lembram disto?).
Neste artigo, contamos a história de um operador colombiano de conteúdos piratas que no ano passado foi processado pela ACE (Alliance for Creativity and Entertainment), que representa as principais empresas de streaming. Em sua defesa, ele alegou cinicamente que a Amazon, uma das que encabeçavam o processo, deveria ser excluída porque comercializa itens piratas em seu site de compras. Eis aí apenas uma das contradições do enorme esforço de tanta gente contra esse que é um dos males da era digital.
O texto explica como é a relação entre as plataformas de streaming (Netflix, Disney, Prime Video, HBO…) e as fornecedoras de CDN (Content Delivery Network), estrutura fundamental para fazer os serviços funcionarem. Provavelmente é nas CDNs que os conteúdos são desviados para os piratas. Ou não? Vale a pena ler o artigo.
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