Um site de tecnologia que costumo consultar (tomsguide.com) trazia na semana passada a manchete: “Como encontrar gasolina barata”. Estranho? Nem tanto. O fenômeno da inflação, que nós brasileiros conhecemos tão bem, pegou de surpresa grande parte dos americanos, donos da moeda mais forte do mundo e acostumados a décadas de economia estável.

Em meio a testes de eletrônicos, notícias de mercado e análises sobre tendências tecnológicas, o site traz dicas como usar Google Maps e Waze para encontrar postos onde o combustível está mais em conta; aplicativos para comparar preços; dias e horários mais recomendados para abastecer; e promoções variadas das principais bandeiras de postos (vejam aqui).

Em outros sites de tecnologia americanos, o tema da inflação – que em fevereiro chegou a 7,9% em 12 meses, contra uma média entre 2% e 3% ao longo do século 21 – também é recorrente. E começam a surgir denúncias que no Brasil fazem parte da rotina, como a de garrafas de sucos e refrigerantes com quantidade menor de líquido para enganar o consumidor.

Segundo o insuspeito Wall Street Journal, as duas maiores operadoras de cartão de crédito (Visa e Mastercard) preparam aumentos em suas taxas, algo que soa quase como um acinte por lá. E o site da rede NBC (cnbc.com) revela como está crescendo entre os consumidores o sentimento de frustração com a perda de seu poder de compra. Uma professora de Marketing e Psicologia lembra que, para os americanos, consumir é quase uma terapia. “A pessoa fica pensando no que poderia comprar se a situação fosse diferente, e isso causa muito stress”, diz ela (aqui, os detalhes).

Pobres americanos!

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