Não sei se é coincidência, mas está aumentando a presença de empresas italianas no mercado brasileiro de automação. Além da já tradicionalíssima Finder (está aqui desde 1998), chegou recentemente a Eelectron, através do grupo Discabos; há ainda a Nice, grupo fortíssimo na Europa que está ampliando sua unidade fabril em Limeira (SP); e a Enel, grande concessionária de energia que atua em São Paulo, Rio de Janeiro e outros grandes mercados do país.

Todas elas estão com pelo menos um pé no segmento de automação residencial. A Finder, que produz na Itália mais de 14 mil itens, tem sido muito ativa em eventos técnicos e educacionais para profissionais da área no Brasil. Integrante do consórcio KNX (detalhes aqui), no ano passado lançou a solução chamada Yesly para controle de luzes, cortinas e persianas elétricas.

A Eelectron, também defensora do padrão KNX, tem quatro linhas principais de produtos: gateways para redes de automação, sensores (de presença, luminosidade, temperatura etc.), interfaces para acionamento de dispositivos smart e atuadores para luzes e cortinas. Seus produtos são usados principalmente em residências, prédios inteligentes e hotéis.

O Grupo Nice, um dos maiores da Itália, já atua no Brasil desde 2011 com foco no segmento de segurança inteligente. Em 2018, adquiriu a polonesa Fibaro, que busca atuar numa faixa intermediária do mercado – entre o high-end e o plug-and-play. No ano passado, comprou a gigante Nortek, tornando-se assim um forte competidor no mercado americano. Com a ampliação da fábrica em Limeira (vejam aqui), certamente irá trazer mais soluções para casas e edifícios inteligentes.

Finalmente, a Enel – gigante européia na área de distribuição de energia – criou no ano passado a divisão Enel X para atuar diretamente em automação residencial e predial, além do segmento cidades inteligentes. Na Feira TMI, realizada semana passada em São Paulo, a empresa estava distribuindo gratuitamente seu primeiro smart hub, um dispositivo portátil para integração de produtos inteligentes da casa. A ideia é que os profissionais presentes ao evento avaliem o aparelho e dêem seu feedback à empresa, antes do lançamento comercial.

Enfim, por sua longa expertise e disposição para investir e inovar, os italianos têm muito a nos ensinar em automação.

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