A notícia pegou de surpresa quase todo mundo no mercado de áudio: a Bose, talvez a mais cultuada marca de áudio profissional, literalmente entregou os pontos nesta 2a feira, ao anunciar a venda dessa sua divisão. Por ser uma empresa de capital fechado, a Bose não é obrigada a divulgar os termos do acordo fechado com o fundo de investimentos Transom, especialista em socorrer empresas de tecnologia em dificuldades.

Não se sabe se é esse o caso da Bose, fundada em 1964 (portanto, quase cinquentenária), cujo lema é “better sound through research”. Em 2013, quando da morte de seu fundador Amar Bose (vejam aqui), comentamos alguns dos motivos que transformaram a empresa em cult. Nada indicava que enfrentaria problemas justamente no segmento profissional, já que grande parte desse culto vem justamente de músicos e engenheiros de áudio.

No comunicado divulgado hoje, a CEO da Bose Corporation, Lila Snyder, afirma que o fundo Transom será capaz de oferecer à divisão Pro “a atenção necessária”. Depreende-se então que a própria Bose não está sendo capaz disso. Sua estratégia agora é focar nas três áreas que considera mais interessantes: soluções de áudio portátil, aparelhos para uso residencial e som automotivo.

Talvez seja uma oportunidade para a empresa rever sua política de distribuição internacional, pelo menos no segmento de áudio residencial. Em países como o Brasil, a marca vem sendo maltratada há alguns anos, desde que deixou de ter um distribuidor oficial, com produtos à venda em qualquer market place, e de procedência duvidosa.

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