
Na semana passada, fomos conhecer as caixas acústicas Wilson Audio que a distribuidora Audiogene começou a distribuir em agosto. Como comentamos aqui meses atrás, não são produtos convencionais, mas feitos de modo semiartesanal e destinados a um público extremamente seleto.
Já tínhamos assistido a demonstrações nos EUA muitos anos atrás, mas a emoção agora, com todos os avanços em design e construção promovidos pela empresa, foi bem diferente. Com a ajuda da equipe Audiogene e do gerente internacional da Wilson Audio, David Ellington, foi possível entender os segredos da “magia” contida em cada uma daquelas caixas acústicas.
Neste primeiro momento, a Audiogene está trazendo ao Brasil cinco modelos: Sabrina, Sasha, WATT/Puppy, Alexia e Chronosonic. Essa é a hierarquia definida pela fabricante, sendo a Sabrina (foto ao alto) sua caixa “de entrada” e a Chronosonic, sua top de linha. Cada uma tem projeto distinto e, claro, faixa de preço idem. No Brasil, a Sabrina está na casa dos R$ 250.000 o par.

O que mais chama a atenção ao vê-las e ouvi-las é a filosofia da Wilson Audio. Todas utilizam o mesmo tipo de falante e o mesmo material na construção do gabinete. As diferenças estão em componentes como capacitores e crossovers, e principalmente no alinhamento do tempo, fator que o fundador da empresa, David Wilson, sempre considerou o mais importante para definir o desempenho de uma caixa acústica. E em detalhes como o amortecedor de spikes (foto acima), feito de material produzido na própria fábrica da Wilson, em Utah.
“Podemos dizer que cada projeto nosso é executado de acordo com o ambiente a que se destina e com a habilidade de fazer todas as frequências chegarem ao mesmo tempo aos ouvidos”, comentou comigo Ellington. “Na Sabrina, por exemplo, os tweeters descem até a casa dos 1.000Hz, para que sua integração com o midrange seja plenamente suave. E os graves chegam a 27Hz, nível que muitos subwoofers não conseguem alcançar”, acrescentou ele.

Outro case de design – aliás, já premiado nos EUA e na Europa – é o da caixa WATT/Puppy (ao lado), uma versão atualizada do modelo lançado em 1994 e que se tornou um dos grandes sucessos da marca. Pode-se dizer que não se trata de uma caixa, mas de duas, com gabinetes separados e montados de forma a garantir a máxima integração. Falaremos sobre ela num próximo post, além, é claro da Chronosonic, um conceito totalmente diferente de tudo que já se viu.
Para apresentar ao mercado essa marca tão surpreendente, a Audiogene criou em sua sede um ambiente que lembra uma galeria de arte, onde o visitante pode ver todas as caixas de perto. É um espaço reservado para as revendas credenciadas, seus clientes (usuários residenciais ou corporativos), arquitetos e parceiros.
Quem puder marcar horário e visitar terá boas surpresas. Antes, vale a pena uma olhada neste link.
