Na falta de melhor definição, os entendidos criaram o termo “segunda tela” para definir o que está acontecendo com o usuário de aparelhos eletrônicos. Anos atrás, se falava em “convergência” discutindo se esta se daria em torno do computador, do telefone ou do televisor. O que já se sabe é que tudo converge para algum tipo de tela, não importa se de 5, 10, 20 ou 50 polegadas. O brilho de um display atrai olhos e mentes (e agora também os dedos), e é por essa via que as pessoas, cada vez mais, buscam os conteúdos que lhes interessam – seja informação, lazer ou um simples bate-papo virtual.

O tema “segunda tela” esteve no centro de muitas conversas também aqui na IFA. Quase todos os executivos referiam-se a isso quando explicavam os novos recursos de seus TVs, players, tablets, smartphones etc. Baseiam-se no fenômeno, já identificado em pesquisas de comportamento, de se usar um aparelho portátil (tipicamente, celular ou tablet) enquanto se está assistindo à televisão convencional. O usuário estaria, portanto, consumindo duas telas ao mesmo tempo. Mas essa explicação é incompleta. Não são apenas duas telas, podem ser várias, porque, dependendo do conteúdo, cada usuário pode decidir compartilhar com amigos e… Bem, esse assunto é complexo, merece outro comentário, em breve.

Na IFA, quem levou o conceito ao extremo foi a Samsung, que demonstrou um recurso identificado como Multiview: graças a um novo processador, seus TVs top de linha são capazes de exibir duas imagens ao mesmo tempo. Não, a tela não é dividida (vejam a foto acima): as imagens são simultâneas, preenchendo a tela toda, e duas pessoas podem assistir juntas a conteúdos diferentes. Claro, usando óculos 3D equipados com fones de ouvido. Assim, um não atrapalha o outro. Fizemos um vídeo mostrando como funciona.

Pode até dar certo, mas a piada é irresistível: um TV como esse terá o poder de salvar muitos casamentos. Ou não?

 

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