mapa1.jpgSe na esfera política o Mercosul não pode ser considerado, assim, uma Brastemp em termos de união, na área de tecnologia menos ainda. Depois de optar pelo padrão de TV Digital japonês, o governo brasileiro passou a pressionar seus vizinhos para fazerem a mesma opção. Isso daria ganhos enormes de escala, considerando que, hoje, somente dois países em todo o mundo (Brasil e Japão) utilizam o padrão.

atsc.jpgNegativo. A Argentina pulou fora, ao adotar o padrão americano ATSC. Depois, voltou atrás e agora aguarda ofertas também dos japoneses (apoiados pelo Brasil) e dos europeus. O problema é que os americanos já investiram alto nas emissoras argentinas, subsidiando boa parte das compras de equipamentos, e agora querem cobrar essa conta.

sbdtv.jpgNa semana passada, o ministro das Comunicações, Helio Costa, voou até Santiago para tentar convencer os chilenos a optarem pelo ISDB-T, híbrido do padrão japonês com o brasileiro. Mas o Chile, que continua sendo o país politicamente mais sadio em todo o continente, quer ouvir todos os interessados antes de se decidir. Mandou chamar também representantes europeus e americanos, fez uma série de perguntas e quer tomar a decisão baseado em fatos concretos e vantagens técnicas, não em politicagem.

dvbt.jpgOutro integrante do Mercosul, o Uruguai é o único que já decidiu: vai ficar com o padrão europeu DVB. Ou seja, corremos o risco de ter os três principais países do bloco divididos tecnologicamente, cada um com um padrão diferente. Com isso, ninguém ganha e todos perdem.

Como se vê, o exemplo europeu – em que valeu como nunca o conceito de “união européia”, com todos os países optando por um único padrão e usufruindo das vantagens disso – de nada serviu para o Brasil e seus hermanos.

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