Os mecanismos de busca são a grande força da internet. Até aí, não estou contando nenhuma novidade. A maioria das pessoas, quando entra na web, está à procura de alguma informação específica e utiliza os sites de busca disponíveis, dos quais o Google é o mais conhecido. Não é coincidência que essa seja a empresa mais lucrativa do mundo virtual (veja seu crescimento no gráfico acima).

Mas esse reinado pode agora começar a ser ameaçado. Reportagem do excelente Renato Cruz no Estadão deste domingo mostra como funciona a Powerset, pequena empresa da Califórnia que acaba de ser comprada pela Microsoft. Já que a MS não conseguiu adquirir a Yahoo, que seria seu trunfo para combater a expansão da Google, a alternativa foi apostar numa solução diferente. A Powerset propõe um método de busca que chama de “semântico”: enquanto no Google você digita uma palavra e o sistema localiza milhares de sites onde aquela palavra aparece, no Powerset o sistema é mais, digamos, inteligente; pode compreender frases inteiras.

Exemplo dado pelo fundador da empresa, Barney Pell: se você procura roupas de times de futebol no Google, o sistema vai buscar cada palavra individualmente. Você então corre o risco de ficar um tempo enorme visitando sites de “roupas”, que nada têm a ver com o motivo da busca. No Powerset, o sistema irá achar somente os sites ligados a “roupas de times de futebol”, facilitando enormemente a busca.

Pell estará esta semana em São Paulo, participando do evento Search Marketing Expo, e poderá dar mais detalhes a respeito. De minha parte, sempre achei estranho esse mecanismo do Google, em que o computador parece burro. Claro, ninguém ainda testou pra valer o Powerset, embora se saiba que a Microsoft está investindo pesado nele. Mas, se pelo menos for um sistema menos burro, já será um grande avanço.

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