Importadores e revendedores de equipamentos importados voltam a se queixar da alta do dólar, como se fosse novidade. Na verdade, o problema nem tanto é a alta, mas as oscilações da moeda americana, que desde agosto subiu 56%!!! E não é um problema só brasileiro: em relação ao euro, o dólar já ganhou uns bons 30%.

Se meu amigo Celso Ming, especialista em economia, não consegue explicar, quem sou eu para dar palpite nessa história? Segundo ele, o que está acontecendo é um fenômeno totalmente atípico e que foge à compreensão da maioria dos analistas. Vejam só: em todas as crises mundiais que já houve, sem exceção, a moeda do país mais encrencado sofreu desvalorização. Aconteceu com os países europeus no tempo da 2a. Guerra, e nas últimas décadas com Japão, Rússia, México e – é claro – o Brasil. Agora, que os EUA estão nesse terremoto financeiro, qual é a moeda que mais se valoriza? O dólar.

Pois é, diz o Ming que o mundo inteiro está correndo atrás da moeda americana, tida como porto seguro nos momentos de crise. Ninguém quer que os americanos entrem em recessão e deixem de consumir, porque isso afetaria o mundo inteiro. E, também, ninguém acredita que o governo dos EUA vá dar um calote mundial, que seria – isto sim – um tsunami econômico. E, assim, todo mundo ajuda a sustentar o dólar.

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