Com a ajuda do especialista Joelmir Betting, cá estou eu fazendo contas sobre quanto do meu tempo é dedicado a dar dinheiro para o governo. Nesta terça-feira 26 de maio, completamos 146 dias do ano da graça de 2009. E, segundo Joelmir, tudo aquilo que um brasileiro médio ganhou até agora no ano equivale ao que paga de impostos. Ou seja, até agora trabalhamos todos (aqueles que realmente trabalham) para financiar mensalões, cartões corporativos, castelos, viagens aéreas, invasões e bolsas variadas que o governo “deste país” distribui a amigos e agregados. 

Em outras palavras: só a partir de amanhã, 27 de maio, começaremos a ganhar dinheiro para pagar nossas próprias despesas – incluindo aí o plano de saúde (para não correr o risco de ter que cair num hospital público), a escola (porque ninguém em sã consciência quer matricular seu filho numa escola pública), o vigia da rua (porque não dá para confiar na polícia) e por aí vai. Diz Joelmir que pagamos no Brasil mais de 150 impostos diferentes, alguns deles embutidos nos preços de produtos e serviços de tal forma que nem percebemos. E, num exemplo que seria cômico se não fosse trágico, ele acrescenta: se você entrar numa farmácia, é melhor latir do que falar com o atendente, porque no Brasil os impostos sobre medicamentos de uso humano são mais altos do que os aplicados sobre medicamentos veterinários!

Sem terrorismo nem demagogia: isso tudo é coisa para se pensar. Não é à tôa que cada vez mais aumenta o número de trabalhadores informais, que não pagam imposto algum (dizem os jornais que alguns até cadastram-se no Bolsa-Família e ainda acabam recebendo alguma ajuda).

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