Melhor confundir do que explicar

Eu não vim aqui para explicar, e sim para confundir. Era mais ou menos isso o que dizia Chacrinha, o “velho palhaço” da TV. No caso do novo plugue de conexão elétrica a ser usado no Brasil, Chacrinha teria motivos de sobra para confirmar seu lema. Acabo de ver, no excelente site Olhar Digital, um vídeo produzido para, teoricamente, esclarecer a necessidade da mudança de padrão e como o usuário deve proceder. Esperava encontrar uma boa orientação, até porque foram entrevistar um diretor do Comitê Brasileiro de Eletricidade, que supostamente participou dos estudos a respeito.

Pois não é que fiquei ainda mais confuso? Assistam e me digam se estou errado. O entrevistado mostra as diferenças entre os plugues atuais e o novo, argumentando que este é mais seguro porque não permite que os pinos elétricos fiquem expostos. Bem, para isso, não precisava mudar os plugues, certo? Bastaria obrigar todos os fabricantes a fazer os conectores com a mesma capinha de proteção. Ou não?

O vídeo informa que existem atualmente 13 tipos diferentes de tomadas elétricas em uso no País e catalogadas, além de muitas outras, digamos, extraoficiais. A idéia agora é acabar com todas elas e deixar apenas um tipo, a ser usado por todo mundo. Bem, e por que tem de ser um tipo completamente diferente de tudo que existe pelo mundo afora? Nenhuma explicação…

Diz ainda que o País “estava” bastante atrasado em termos de segurança das instalações elétricas. “Agora, passa a se tornar modelo”. Modelo de quê, cara-pálida? Quer dizer que os outros países vão seguir o exemplo brasileiro? Quem disse?

Bem se vê que o apagão desta semana não foi por acaso. Parece que continuam brincando com coisa séria. E com ajuda da mídia…