Pode não ser esse o futuro do jornalismo, mas não deixa de despertar certa curiosidade sobre como iremos, daqui a alguns anos, receber as informações que desabam sobre nossas cabeças todos os dias. The New York Times, ainda o jornal mais influente do mundo, mostrou esta semana um projeto experimental desenvolvido pelo NYT Labs, seu laboratório de pesquisas sobre novas mídias. Chamado a princípio de Reveal, trata-se de um espelho (foto) cuja superfície semi-reflexiva é capaz de reconhecer o usuário e obedecer a seus comandos por voz ou gestos.

Deixando claro que se trata de um projeto ainda em desenvolvimento, o site do NYT Labs explica – e o vídeo mostra – que o espelho usa tecnologia de reconhecimento para armazenar dados sobre a pessoa, que pode “solicitá-los” a qualquer momento (informações sobre sua saúde, por exemplo). Acoplado a um Kinect, acessório da Microsoft que permite comunicação por gestos, o espelho responde a comandos visuais fornecendo notícias do dia, previsão do tempo e até mensagens enviadas por outras pessoas. Utiliza ainda a tecnologia RFID (Radio-Frequency Identification) para se comunicar com outros aparelhos e objetos. Exemplos: encostando o celular no espelho, pode-se transferir um artigo para ser lido depois; aproximando um frasco de remédio, o espelho indica que tipo de medicamento é aquele e para que serve.

Num mundo assolado pela overdose de informação, experiências como essa apontam um caminho para a simplificação – não há botões para apertar, nem códigos ou senhas para decorar. Tudo é interativo. E, como já dizia Steve Jobs, a beleza está na simplicidade.

Para quem não está muito familiarizado com a tecnologia RFID, este vídeo pode ser muito útil. E, para saber mais a respeito, lembro que em outubro houve em Búzios (RJ) um importante congresso, cujas conclusões estão aqui. É fascinante identificar as possibilidades que nos aguardam.

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