Uma assembleia de acionistas realizada na última sexta-feira selou o destino da GVT. Por decisão de seu presidente e fundador, Amos Genish, essa marca deixa de existir. Como se sabe, a empresa foi adquirida no ano passado pelo grupo Telefônica; há cerca de três meses, os espanhois convidaram Genish para ser o presidente do grupo no Brasil, ou seja, comandar os negócios que envolvem as marcas Telefônica, GVT e Vivo.

Esta última passa agora a ser a única, conforme o executivo explicou recentemente numa entrevista à revista Exame. As últimas semanas têm sido tensas nos escritórios do grupo, porque Genish quer uma sinergia de verdade. E rápida. O sucesso da GVT, fundada em 1999 com cerca de R$ 100 mil e vendida por R$ 22 bilhões, é para ser replicado. E, para isso, Genish – conhecido por sua obsessão com a eficiência – está mobilizando mais de 1.000 funcionários. Alguns executivos da antiga Vivo já se demitiram; outros estão dividindo espaço com seus colegas da ex-GVT, mas ninguém tem ilusões.

A meta declarada de Genish é competir de frente com a NET/Claro, que hoje detêm, somadas, 31% do mercado de banda larga fixa (Vivo+GVT, 28%) e 52% da TV por assinatura (Vivo+GVT, 9%). A Vivo é líder em celular (29%), mas não muito à frente de Tim (26%) e Claro (25%). E segue atrás da Oi na telefonia fixa: 36% contra 33%. Os números são da consultoria Teleco.

A disputa se dará principalmente nos serviços digitais e na questão crucial do atendimento ao cliente. E pode ser que nos próximos meses entre em cena mais um competidor: a americana AT&T, que já está com um pé aqui através da Sky. Com exceção da Oi, nenhum dos nomes citados tem hoje problema de caixa. Vale a pena acompanhar.

2 thoughts on “GVT sai do mapa e deixa herança para a Vivo

  1. Mai uma empresa absorvida pela Telefonica e que,com certeza vai absorver se péssimo atendimento,como já ocorreu com a VIVO…

  2. Detestei essa troca desde quando soube. E já sinto os efeitos.
    O portal é um droga, atendimento péssimo.
    Não aprovei de forma alguma.

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