Foi aberta hoje em São Paulo mais uma edição da Eletrolar Show, evento dedicado ao varejo de eletrônicos de consumo. Ali costumam se reunir empresários e profissionais varejistas de todo o país, iniciando os preparativos para as vendas daqui até o final do ano. Como todo ano de Copa, neste 2018 boa parte do consumo concentrou-se no primeiro semestre. Além disso, as incertezas políticas e econômicas preocupam a todos, com potencial para prejudicar os negócios.

Nesse cenário, o segmento de áudio e vídeo parece ser o menos problemático. Segundo dados divulgados na Feira pela Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), TVs e aparelhos AV cresceram 20,7% em vendas de janeiro a junho, contra 15% do mercado como um todo. Os números seriam melhores, não fosse a fatídica greve dos caminhoneiros – mais exato dizer “paralisação das empresas de transporte”. Não foram divulgadas vendas em unidades, mas a previsão da Eletros é terminar o ano com 12,5 milhões de TVs comercializados nas lojas, o que seria um belo salto de 10% sobre 2017.

Quanto aos efeitos da Copa sobre as vendas, são sugestivos os dados citados por Jurandir Pitsch, vice-presidente da SES, operadora européia de satélites para televisão, em entrevista ao site Teletime. Segundo ele, a participação do 4K nas vendas de TVs subiu de 10% em outubro para 30% agora, na véspera da Copa, colocando essa tecnologia em 7% a 8% dos lares brasileiros. Considerando o IBGE, existem hoje no país cerca de 45 milhões de domicílios, ou seja, algo em torno de 3,6 milhões teriam TVs 4K. 

É pouco, mas sem dúvida um bom começo em tempos de crise.

1 thought on “Como fica o consumo pós-Copa

  1. Eu tambem aproveitei a Copa e troquei minha TV antiga por uma Panasonic novinha. Nao fosse a greve dos caminhoneiros talvez as vendas fossem maiores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *