Segundo a CTA (Consumer Technology Association), organizadora da CES, este ano o número de expositores ligados ao setor de saúde foi 25% superior à feira de 2018. É um dos segmentos que mais vêm crescendo nos últimos anos, dentro da política da entidade de atrair empresas de todas as atividades ligadas a tecnologia, ainda que às vezes se afastando dos eletrônicos (vale lembrar que seu nome antes era “Consumer Electronics Association”, daí a sigla CES).

A área de estandes dedicada ao segmento health tech, também conhecido como “e-health”, ou “digital health”, cresceu 15% nesta CES, perdendo apenas para a área de veículos, que a cada ano ganha a adesão de mais montadoras. Empresas como Apple, Google, Amazon, Garmin (aquela do GPS) e centenas de outras estão investindo pesado em dispositivos que ajudam a monitorar o corpo e, mais do que isso, conduzem o usuário no passo a passo de como proceder numa emergência.

A mais recente versão do Apple Watch, por exemplo, já inclui um aplicativo de eletrocardiograma (ECG). Na CES, a fabricante Fitbit demonstrou um recurso chamado PPG (Photoplethysmogram), que mede os níveis de circulação com base na luz – quando aumentam os batimentos cardíacos, o sangue absorve mais luz.

 

Outra novidade vem da Bose, que lançou os hearphones, fones de ouvido desenvolvidos para deficientes auditivos. EyeQue é o nome de um dispositivo portátil capaz de fazer o famoso teste de visão (miopia, hipermetropia, astigmatismo). Mulheres grávidas já podem usar o Butterfly IQ, similar a um smartphone, que escaneia o corpo e permite enviar as imagens na hora ao médico. O Beddr (foto) é um sensor que mede as atividades do cérebro durante o sono e detecta anormalidades.

Essas e muitas outras inovações brilharam na CES, confirmando a existência de um gigantesco mercado emergente (que, aliás, também já dá seus sinais aqui no Brasil). Com os avanços da inteligência artificial, Internet das Coisas, realidade virtual e o polêmico implante de microchips, muita coisa irá mudar na medicina nos próximos anos.

A propósito, recomendo uma visita ao blog Casa Inclusiva, da arquiteta Virginia Rodrigues, que se especializou em projetos para famílias que têm pessoas idosas ou com algum tipo de deficiência. Seus cases e artigos mostram que há um amplo mercado à espera de profissionais de tecnologia que queiram investir na inovação.

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