Koo Kwang-mo assumiu em junho último o cargo de chairman da LG Corp com a missão de mudar os rumos do grupo. Será uma “mudança de DNA”, como escreveu o site especializado ZDNet, citando fontes internas da empresa. Assim que assumiu, Koo nomeou Brian Kwon, executivo com larga experiência nos EUA e fama de gestor radical, para CEO. Sua tarefa é transformar a LG, de uma empresa 100% focada em tecnologia e hardware, numa voltada mais a software e Inteligência Artificial.
Foi criado também o cargo de CSO (Chief Strategy Officer) para William Cho, outro tarimbado executivo “made in USA”, encarregado de melhorar a colaboração entre as diversas unidades do LG Corp. O chairman Koo quer implantar um estilo gerencial mais americano, com mais agilidade na tomada de decisões (inclusive cortes de pessoal), marketing mais agressivo, reestruturação de setores que dão prejuízo e até ações judiciais contra concorrentes acusados de espionagem industrial.
Para a divisão de displays, o desafio agora será reverter as perdas dos últimos anos no segmento LCD e fazer decolar o segmento OLED, cujos resultados não vêm sendo satisfatórios. No caso do LCD, a informação extraoficial é de que se planeja uma redução de nada menos que 50% na produção a partir deste ano.
Durante a CES de Las Vegas, o recém-nomeado CEO da LG Display, Jeong Ho-young, chegou a admitir para jornalistas que a empresa tem enfrentado “múltiplas dificuldades”; o prejuízo esperado para o balanço de 2019 é próximo de US$ 1 bilhão, pior resultado do grupo na década. Uma grande fábrica de painéis OLED na China, que deveria estar a pleno vapor, apresentou problemas técnicos e forçou o adiamento de uma série de planos, admitiu Jeong.
Apesar de tudo, ele se diz otimista pelo fato da LG continuar sendo a maior fornecedora de painéis OLED do planeta. Um estudo recente da consultoria IHS Markit revelou que esse tipo de TV será responsável por mais da metade (53%) do segmento premium (telas grandes) em 2021.
Na CES, a LG demonstrou os primeiros TVs OLED 8K, em tamanhos de 88 e 77 polegadas, este com preço estimado de US$ 5.500, a ser lançado nos EUA em fevereiro (vejam aqui os detalhes). Além disso, até os chineses estão comprando painéis OLED da LG. A aposta vai continuar.
Vejo,aqui no Brasil,a LG acanhada com seus tvs OLED no fundo das lojas enquanto os QLED da Samsung em local de destaque e com vendedores ávidos por vende-los…