A entrada iminente do Disney+, prevista para novembro, pode (deve) mudar o jogo do streaming no Brasil, como já comentamos aqui. Qual será o impacto sobre os usuários de Netflix, Amazon Prime e demais serviços que hoje dominam a cena? Difícil prever. Até porque essas empresas e suas concorrentes não divulgam dados sobre os assinantes, ao contrário dos EUA, por exemplo, onde são obrigadas a fazê-lo. Por isso, as estatísticas relativas ao crescimento do streaming são raras, e pouco confiáveis.

Uma das empresas que se propõem a atuar de modo mais sério nessa área é a JustWatch, fundada na Alemanha em 2015 e cujo trabalho é útil tanto para os usuários do streaming quanto para as empresas provedoras. Para quem não conhece, vale uma navegada pelo site. Ali estão todas as plataformas disponíveis no Brasil e seus conteúdos atualizados, com dados sobre preços de assinatura, gêneros, classificações etárias e uma série de filtros para se achar um filme ou série.

Seu algoritmo de recomendações é um dos melhores do mercado, já que localiza os títulos com base naquilo que o usuário realmente quer assistir, e não pelas aproximações forçadas, das quais nem o Netflix escapa. Como a quantidade de serviços surgindo não para de crescer, é impossível saber se a arquitetura do JustWatch será capaz de abrigar tudo. Mas não conheço outro guia mais completo.

Além disso, o site divulga pesquisas apontando as tendências desse mercado, que é hoje o que mais cresce na indústria do entretenimento. Começamos a receber recentemente seus relatórios sobre filmes e séries mais assistidos a cada semana e market-share de cada plataforma, o que nos dá boas referências sobre o setor. Vejam o gráfico abaixo, que cobre os seis primeiros meses do ano; pelos indicadores enviados posteriormente, os números se mantinham até o final de agosto:

Conferindo:

NETFLIX – 31%

PRIME VIDEO – 24%

HBO GO e TELECINE PLAY – 9% cada

GLOBOPLAY e CLARO VIDEO (leia-se: Now) – 7% cada

OUTROS SERVIÇOS – 13%

Como disse acima, vai ser interessante comparar esses números lá por volta de janeiro, quando Disney+ já estiver plenamente instalado e – supõe-se – embarcado nas principais marcas de TVs.

Nos próximos dias, mostraremos aqui outros gráficos sobre o assunto.

2 thoughts on “Quem domina o streaming no Brasil

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