A apresentação, na semana passada, da primeira estação piloto para a TV 3.0 marca, na prática, o início da operação do novo padrão brasileiro de TV Digital. A iniciativa, mais uma vez, coube à Globo, emissora que mais tem investido nessa tecnologia nos últimos anos. Pode-se até afirmar que as demais redes irão se espelhar no que a Globo fizer nesse campo.
Aguarda-se para as próximas semanas o decreto oficial da Presidência da República autorizando o início das transmissões. Mas a estação inaugurada no Rio no último dia 29 – programada para coincidir com as comemorações dos 60 anos da Globo (e do centenário do jornal O Globo) – já pode ser comparada ao primeiro passo dado por Assis Chateaubriand em setembro de 1950, ao inaugurar a TV Tupi.
De fato, na época ninguém possuía um televisor no Brasil, e Chatô mandou vir dos EUA alguns aparelhos para instalar em pontos da capital paulista. No dia 18 de setembro, o discurso do empresário pôde ser assistido nesses receptores, iniciando no país talvez a maior revolução tecnológica do século 20.
Experiências em 2025, implantação em 2026
De sua estação (foto acima), a Globo já pode fazer transmissões experimentais da TV 3.0, com uma autorização temporária do Ministério das Comunicações (Minicom) e da Anatel. Há receptores instalados na Zona Sul do Rio e na Barra da Tijuca, área de cobertura da estação (por enquanto). Segundo a emissora, o projeto tem “caráter científico e experimental”, servindo para testar o sistema e apresentá-lo a potenciais parceiros.
Outra novidade que surge com essa iniciativa é a oficialização da marca DTV+, que a partir de agora passa a ser o nome oficial do novo padrão. “O que estamos lançando é uma infraestrutura completa em operação daquilo que a gente vem, nesses últimos quatro anos, falando sobre a DTV+”, comentou Raymundo Barros, diretor de Tecnologia da Globo e atual presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre.
As vantagens do novo padrão de televisão
Vale lembrar que o projeto da TV 3.0, aprovado pelo Fórum, prevê oferecer os seguintes recursos:
*Integração total entre TV aberta e streaming, com os canais funcionando como aplicativos
*Imagens em resolução 4K e 8K, com HDR, em frequência de 120Hz, tanto pelo ar quanto via banda larga e satélite
*Aúdio imersivo, seja em Dolby Atmos ou outro formato
*Publicidade segmentada por faixa de público e geolocalização
*Combinação de conteúdos ao vivo e sob demanda do usuário
Está mantido o cronograma de realizar transmissões experimentais este ano e começar pra valer em 2026. Só falta definir, como já explicamos neste post, os modelos de negócio para cobrir a conta de tanta inovação.
“Globo, emissora que mais tem investido nessa tecnologia nos últimos anos.”
Ela quis dizer, com o grana do governo “nossa” .
Estão desesperados, devido perda de audiência e patrocínios com a internet.
As smart tv poderão acessar através de aplicativo não sendo necessário comprar nenhum receptor externo, como ocorreu na tv digital a época da implantação ?
Olá Altamir, a princípio será necessário usar um decodificador e uma antena, mas na sequência os fabricantes começarão a embutir esses dispositivos nas TVs. Além disso, parte dos conteúdos será disponibilizada via redes de banda larga. Veja mais detalhes aqui: https://orlandobarrozo.blog.br/2024/12/08/tv-3-0-em-busca-do-financiamento/ Abs
Globo é Globo o resto é só de fofoca se não fosse a globo os outros canais já tinham fechado