Será este o modelo de set-top-box (ou conversor digital) que teremos nos próximos anos? Não duvidem. A LG exibiu esta semana em Nova York o protótipo de seu novo player Blu-ray que, entre outras funções, pode ser usado também como conversor e, nessa condição, acessar o catálogo de filmes da Netflix. Para quem não conhece, a Netflix é hoje a principal provedora de filmes on-line dos EUA, tendo fechado acordos com praticamente todos os grandes estúdios. O assinante paga uma taxa mensal e pode alugar os filmes a qualquer hora, com a opção – cada vez mais em desuso – de receber os DVDs em casa (o pedido é feito por e-mail) ou fazer o download.
A parceria resultou num player Blu-ray (modelo BD300) que deve chegar ao mercado americano até setembro. É o que a LG chama de “3a. geração do Blu-ray”: inclui os softwares BD-Live (para acesso instantâneo à internet) e Bonus View (para adicionar materiais extras dos filmes enquanto se assiste). Além disso, faz upconversion de sinal standard para 1080p. E, claro, funciona também com receptor do sinal da TV DigitalUma boa descrição do produto está neste link).
O mais interessante, no entanto, pelo menos para o mercado americano, é a compatibilidade com Netflix. Essa empresa revolucionou o hábito de ver filmes, obrigando a todo-poderosa Blockbuster a uma ampla reestruturação (que ainda está acontecendo e ninguém sabe onde vai parar). Na verdade, a Netflix já havia lançado um conversor desse tipo, o chamado Roku (US$ 99 em qualquer loja dos EUA). E a Microsoft promete adicioná-lo à próxima geração do Xbox 360, que chega ao mercado ainda este ano. Vantagem: acesso a 12.000 filmes e séries de televisão (este é o catálogo atual da Netflix), que podem ser baixados, via senha, a qualquer hora.
Ressalte-se que o download da Netflix será de resolução DVD, não HDTV. Interessante é que a Toshiba e Microsoft dizem que não entrarão no mercado de Blu-Ray pois, no seu entendimento, o futuro está no download de midia pela internet. Agora um dos componentes do forum Blu-Ray, a LG, lança um player blu-ray com capacidade de download de conteúdo. O perigo é que o download de conteúdo, se for econômico, rápido e de material de alta qualidade vai acabar mesmo engolindo o Blu-Ray. É o feitiço virando contra o feiticeiro